•A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bo

•A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bo
•A UMBANDA TEM FUNDAMENTO E É COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO.
Obrigado, meu Deus, pela fé que me sustenta, Pelos amigos que fiz E continuo fazendo. Obrigado, meu Deus, Pelas bençãos de Ogum, Pela proteção de Iemanjá, pelo amor de Oxum. Obrigado, meu Deus, Pela força de Iansã, Pela retidão de Xangô, Pelo colo de Nanã. Obrigado, meu Deus, Pelo equilíbrio de Oxosse, Pelas curas de Omulu, pelas cores de Oxumarê. Obrigado, meu Deus, Pelas folhas de Ossãe, Pelas Crianças que enchem de alegria nossos Terreiros, Pela amizade dos Boiadeiros. Obrigado meu Deus, Pela humildade dos Pretos-Velhos, Pelas Almas Santas e Benditas, Pela cumplicidade de Exu e Pomba Gira. Obrigado, meu Deus, por fazer de mim um instrumento da Tua vitória. Até aqui o Senhor me ajudou! Deus salve a Umbanda!
Ney Rodrigues

RADIO C.E.A.B.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Para os Consulentes - Mitos e Realidade pertinentes a obsessão:


Para os Consulentes - Mitos e Realidade pertinentes a obsessão:
· Mito: Sou uma boa pessoa, não faço mal a ninguém.
Realidade: E desde quando “não fazer o mal” nos dá alguma garantia de que não sofreremos
alguma ação obsessiva? Se nem “fazer o bem, sem olhar a quem” nos dá essa garantia,
quanto mais não fazer o mal.
Se assim o fosse Jesus não teria sofrido nada, não é mesmo?
· Mito: Eu não mereço o que estou passando, isso só pode ser “trabalho feito”.
Realidade: A auto-piedade é porta aberta a ação de obsessor. Com a auto-piedade nunca
achamos que estamos errados, ou se achamos, o nosso erro é plenamente justificado por ela.
Nem tudo é “trabalho feito” mas se você cisma que é e se julga não merecedor do problema
que está passando, você acaba mesmo é realizando (criando, gerando e nutrindo) um
“trabalho feito” contra você mesmo. Pare de lamuriar e reveja a sua vida, as suas atitudes.
Da mesma maneira que nem tudo é “trabalho feito”, nem tudo é obsessão. A obsessão se
caracteriza por uma persistência de sintomas, ou seja, uma perturbação constante. Se a influência é
sazonal não é uma obsessão.
Em resumo essa é a explicação do porque ninguém é inteiramente inocente ou culpado
quando estamos falando em obsessão e baseado nisso tudo é que a Corrente de Desobsessão
trabalha e atua, ou seja, esclarecendo o espírito obsessor e o obsediado, para que o processo
energético que os uniu seja desfeito.

Texto extraido do livro : Umbanda – Mitos e Realidade

Para os Médiuns - Mitos e Realidade pertinentes a obsessão:


Para os Médiuns - Mitos e Realidade pertinentes a obsessão:

· Mito: Minha banda cuida de mim.
Realidade: é claro que a “sua banda” cuida de você. Mas e você “cuida” da sua língua? Você
cuida da sua vida? Você cuida para que seja um bom instrumento de atuação do Astral
Superior, ou se enche de vaidade por ser aparelho de tal ou qual guia?
Senhor(a) Médium, a vaidade é porta escancarada para a entrada de espíritos trevosos que
visam nos desviar do caminho. Toda atenção é pouca.
· Mito: Eu faço caridade, participo das sessões, portanto estou livre disso.
Realidade: participar das sessões, dar passagem para as entidades, guias e protetores nunca
foi “fazer caridade”, mas sim oportunidade de aprendizado e crescimento, pois que o maior
beneficiado é o próprio médium.
Já tive o desprazer de ouvir médium dizendo que está doando o tempo dele, emprestando o
corpo dele para o guia fazer caridade. Quanta vaidade, empáfia e estupidez! Francamente!
Ainda bem que estou encarnada e sei que muito tenho que aprender ainda, pois se sou guia
de trabalho desse médium mandava ele as favas!
Será que ele não vê nunca, não aprende nunca e não sente nunca? Será que está realmente
com “guia na cabeça”? Sinceramente acho que não, pois a bêncão que recebemos ao entrar
em contato com nossos guias e protetores é insubstituível e se renova a cada gira. Esse
médium não merece isso, mas principalmente o guia não merece um médium assim!
· Mito: Se eu estou sofrendo ataque de obsessor é por culpa do terreiro, as defesas da Casa
estão fracas.
Realidade: Isso é passar atestado de incompetência para as suas próprias entidades que
fazem parte da egrégora protetora da Casa em que atua como médium. Nós médiuns é que
ficamos fracos ao ceder às nossas mazelas, ao ceder a nossa indolência. Fácil isso, não?
Culpar o outro por uma fraqueza que é exclusivamente sua!
Os protetores e guias estão constantemente nos guardando e protegendo, mas a intensidade
dessa energia protetora está diretamente ligada a nossa capacidade de nos mantermos
vibracionalmente compatíveis à sua atuação.
· Mito: Faço todos os preceitos direitinho. Em mim nada pega.
Realidade: Olha a “onipotência mediúnica”. Médium que pensa assim, geralmente também
não vê “nada demais” em atender em sua própria residência. Acha que meia dúzia de
orações, pontos cantados e velas resolvem “qualquer parada”. Ledo engano. Isso é vaidade,
pura vaidade!
· Mito: O meu terreiro é forte, resolve qualquer parada.
Realidade: Olha a vaidade novamente!
Fácil também jogar para o terreiro e geralmente para o dirigente a responsabilidade total, não?
Além do mais não é função de terreiro nenhum “resolver qualquer parada”. A força de um
terreiro reside principalmente na qualidade dos médiuns que pertencem ao corpo mediúnico.
Isso explica o fato de muitos médiuns quererem fazer parte de um determinado terreiro,
entrarem, mas não conseguirem continuar nele. “Muitos são os chamados, mas poucos são os
escolhidos”. Terreiro bom não é terreiro cheio de médiuns. Terreiro bom é terreiro que tenha
bons médiuns, ou seja, médiuns compromissados verdadeiramente com o bem, com a
caridade e que buscam constantemente ser um bom canal de comunicação com a
espiritualidade superior.

Texto extraido do livro : Umbanda – Mitos e Realidade

domingo, 25 de dezembro de 2011

A Pressa é Inimiga da Compreensão


É impressionante a pressa que
alguns médiuns iniciantes têm, em mal
entrar em um Terreiro de Umbanda, e já
"Querer Incorporar e Saber o Nome De Seus Guias ".
Entendemos a pressa do médium em "começar
a fazer caridade", mas é fundamental que se entenda
que não é somente "dando incorporação" que a
caridade é feita. Além do mais, se este for mesmo o
tipo de mediunidade da pessoa, há que se esperar
e se certificar de inúmeros fatores antes de
"colocar o médium para dar consulta".
Cabe ao Dirigente explicar e orientar que tudo tem
seu tempo e sua hora, que o desenvolvimento mediúnico
não ocorre exatamente igual com todos... Mas muitas
pessoas ficam dizendo que antes de entrar para o
terreiro incorporavam "por nada", no trabalho,
na escola, lendo, etc, praticamente exigindo ou "culpando"
o Terreiro por não estar incorporando agora.
Por que isto acontece? Simples. Enquanto o médium não
entra para uma corrente, a sua mediunidade
fica absolutamente sem disciplina e sem doutrina, a partir
do momento que ingressa, que passa a fazer parte
da corrente de um terreiro, tanto médium quanto
entidades passarão por um processo de adaptação
e aprendizado, que visa disciplinar tanto um quanto
outro. Além do mais, como ter certeza que era
realmente incorporação e não simples animismo,
ou descontrole emocional e nervoso?
É fundamental esse tempo, para que todas as
orientações possam ser absorvidas e compreendidas.
Apressar qualquer processo de desenvolvimento
mediúnico, querer queimar etapas, que se existem,
são importantes, é certamente colocar em risco
todo o processo de Desenvolvimento.
Lições que deveriam ser absorvidas são apenas
ultrapassadas, sem a devida confirmação de
aprendizado.
Precipitar o processo pode acarretar em
desânimo e frustração no futuro, pode transformar
um bom médium num Mistificador, num vaidoso e
talvez até fazendo com que se desvie do caminho,
culpando a Umbanda pela incompetência do
dirigente em explicar e orientar e do médium em
esperar.
Além do mais, quando isto acontece é justamente para
se ver a determinação do médium, se ele realmente
deseja fazer caridade, Ser Umbandista, ou está apenas empolgado.
Portanto lembrem-se, quando tratamos
de desenvolvimento mediúnico falamos em processo,
onde a pressa é inimiga da compreensão e, conseqüentemente, da evolução.

10 Mandamentos para o trabalho Espiritual


1º - Não se desconectar da matéria. O excesso de
espiritualismo pode criar uma descompensação com
graves prejuízos para a vida pessoal e material
de uma pessoa.

A matéria é tão importante quanto o espírito;
ambos são matizes, graus da mesma manifestação,
nenhum dos dois pode prevalecer sobre o outro. A
ntídoto: Equilíbrio.

2º - Não despertar os poderes antes da consciência,
os poderes estão a serviço da consciência e não é
preciso buscá-la, quando chega o momento, eles surgem
naturalmente, buscar o poder antes de saber é inverter
a ordem natural do processo.

Para que sirvam a consciência, os poderes devem ser
doados a partir de algo além de nossa vontade. Antídoto:
Equanimidade.

3º - Não se fixar em pessoas em vez de em suas informações,
você não monta uma casa em um túnel, ele é só um meio
para se chegar até ela. Quem depende de um mestre volta
a infância psicológica. Em um processo de iniciação ou
terapêutico isso pode ser necessário, mas somente como
uma fase de superar e não como um estado onde parar.
Antídotos: Discernimento e Moderação.

4º - Não sentir excesso de autoconfiança, quem se crê
autoconfiante é uma presa fácil para os “Agentes do Engano”.
Quem crê demais na própria capacidade está fadado a
equivocar-se. Antídoto: Desconfiar de Si Mesmo.

5º - Não sentir-se superior. Nunca julgue que a própria
linha de trabalho é superior as demais, essa superioridade
é a antítese do esoterismo, que afirma justamente a
onipresença da consciência em todos os seres e caminhos,
e esta postura desconecta uma pessoa das autênticas
correntes da consciência amplificada e é o ponto de
partida para a via negra. Antídoto: Equidade.

6º - Não se deixar levar por impulsos messiânicos.
A vontade de salvar os demais é uma armadilha fatal,
sua tela de fundo é a vaidade e a insegurança, essa
fobia paranóica rompe com os canais de conexão como
mestre interior, bloqueia o processo de auto conhecimento
e lança a espiritualidade numa espiral involuta.
Antídoto: Confiança na Existência.

7º - Não tomar medidas inconseqüentes. O entusiasmo pode
levar uma pessoa a romper com seu circulo profissional e
familiar sem necessidade.Com o “Fluir” ou o “Fechar os Olhos e Saltar”-
axiomas que só deveriam ser usados em situações muito especiais,
os idiotas mais entusiasmados do mundo esotérico incentivam os
recém-chegados a se arrebentarem logo na largada. Antídoto:
Responsabilidade Serena.

8º - Não agir com demasiada rigidez. Encantada com as
novas informações que lhe ampliam a consciência, uma pessoa
pode-se tornar intolerante, ela tem a tentação de impor
sua forma de pensar e seus modelos de conduta aos demais.
Limitando sua capacidade de ver a partir de outras perspectivas,
ela perde o acréscimo de consciência que havia conquistado.
Antídoto: Tolerância e Relaxamento.

9º - Não se dispersar. Estudar ou praticar demasiadas
coisas ao mesmo tempo sem aprofundar-se em nenhuma delas
leva a uma falsa sensação de saber. Nessa atitude,
pode-se passar uma vida inteira andando em círculos,
enquanto se faz passar por sábio. Antídoto: Concentração.

10º - Não abusar. Manipuladas, as informações espirituais
servem de álibis ou justificativas convincentes para os
piores ativismos. Usar essas informações para fim muito
particular é um crime. Ninguém profana impunemente o que
pertence a todos.

Antídoto: Retidão e Integridade.


“Equilíbrio, Equanimidade, Discernimento e Moderação, Equidade,
Tolerância e Relaxamento, Confiança na Existência,
Responsabilidade Serena, Desconfiança de Si Mesmo, Concentração,
Retidão e Integridade é a grande proteção daqueles que se
aventuram pelo mundo espiritual e esotérico, por outro lado,
quem se assegura dessas qualidades pode fazer o que quiser
neste campo que estará sempre num bom caminho”.


Sarava Umbanda!

Desenvolvimento Mediunico na Umbanda


Com muita freqüência, vemos que os médiuns iniciantes
Na Umbanda têm pressa na prática do exercício de sua
Mediunidade seja da incorporação, de vidência,
De psicografia, entre tantas outras faculdades, o que o
Médium aprendiz deseja é começar logo na prestação
De sua caridade espiritual, além de querer conseguir
Sua total evolução em um período curto de tempo.
Antes de tudo, deve-se saber que o processo de
Desenvolvimento das faculdades mediúnicas se dá
Individualmente e que cada indivíduo tem seu tempo,
Não existindo regras quanto à estipulação de tempo
Para as faculdades mediúnicas, sendo, portanto, cada
Um responsável pelo seu próprio desenvolvimento
Espiritual, e cada qual com seu tempo.

Outro ponto a ser abordado, é que, jamais um dirigente
Espiritual centrado fará ser apressado este processo,
Que Via de Regra é lento e acima de tudo individual,
Também não se quer ver o médium iniciante
Atropelando-se nas etapas necessárias ao perfeito trabalho
Mediúnico, pois o que se objetiva não é apressar
Ou tornar madura a mediunidade precocemente, sem que
Antes, haja o estudo mediúnico aliado à prática
Experimentada da faculdade mediúnica.

Deve haver ainda, a sapiência e a consciência do Médium
Sobre os atos, preceitos e fundamentos litúrgicos Da Umbanda,
Antes por exemplo, de se ver um médium de Incorporação
Consultando, este deve estar capacitado e apto Ao trabalho
Mediúnico, e estes fatores só terão êxito se houver Juntado com
A prática do desenvolvimento, o estudo, pois Sem ele, não se
Conseguem princípios basilares para o trabalho
Mediúnico adequado.

Ademais, o estudo é imprescindível para o regular e constante
Desenvolvimento do médium seja ele iniciante ou não, afinal
Jamais se saberá de tudo, e por isso deve-se buscar a constante
Atualização nos materiais sobre o que se pretende aprender.

Comumente relatos de médiuns iniciantes mostram que certos
Médiuns, antes de trabalharem na corrente de Umbanda
Apresentavam incorporações desordenadas constantes,
Visões a todo instante, ouviam e sentiam muitas coisas,
E que, após a entrada para o ofício mediúnico na Casa de
Umbanda, essa intensidade diminuiu muito, chegando em
Alguns dos casos até extinguir-se. Os Guias e Mentores de Luz
Entendem que estas sensações de desequilíbrio e desarmonia
Que antes eram sentidos pelo médium sem terreiro, não mais
São necessárias novamente, eis que estes desequilíbrios
Aconteceram para que o indivíduo se conscientizasse
Sobre seu caminho espiritual, acerca de Deus, da Caridade,
Do seu real objetivo na Terra, e obviamente de seu Karma
Espiritual. Porém esta conscientização só se dará por meio
De estudos.

Reflitamos e entendamos então, que só por meio do estudo
Conseguiremos entender mais sobre estas indagações acima expostas,
E só com a prática habitual do estudo cominada com a prática
Empírica da mediunidade poderá ter a excelência na prestação
Do ofício mediúnico, e no tão pretendido desenvolvimento
“completo” das faculdades mediúnicas. Paciência, estudo,
Concentração, disciplina servirão e muito para galgar o rápido
Desenvolvimento.


Postado por

AS QUEDAS DO MÉDIUM NA UMBANDA


Os médiuns na Umbanda e em outras correntes, também,
Costumam cair ou baquear por três coisas:
a) Excesso de vaidade
b) Ambição pelo dinheiro fácil facultado pelo mau uso da
Mediunidade
c) Sexo, ou seja, ligações amorosas nas dependências do terreiro
Temos observado, verificado mesmo, que muitos médiuns dentro
Do 1º e 2º caso, costumam voltar à linha justa, depois de
Convenientemente disciplinados pelos seus protetores. Para uns,
Apenas alguns trancos duros os consertam; para outros, faz-se
Necessários severos castigos etc, para se reintegrarem e
Finalmente receberem o perdão, visto terem deixado de lado
Tanta vaidade oca e prejudicial e tanta ambição pelo dinheiro fácil,
“do santo”…
Porém, no 3º caso, o perdão - salvo condições excepcionalíssimas
– é difícil, é raro… Quando, por via das condições excepcionais em
Que conateceu o erro, alguns têm sido perdoados de conseqüências
Maiores, mas uma coisa é certa: - geralmente são abandonados pelos
Seus protetores, isto é “o caboclo, o preto-velho” não volta ao exercício
Mediúnico com eles - os médiuns que decaíram pelo sensualismo, pelo
Desrespeito às coisas espirituais de seus Terreiros ou de seus “congás”
E, portanto, sagradas…
Não adianta a esses tais “médiuns-decaídos” quererem empurrar
Teimosamente, nos outros, “o seu caboclo, o seu preto-velho”…
Uma mancha negra persegue-os, não se apaga ninguém se esquece
Do caso e, no fundo, ninguém acredita neles e mesmo os de muita
Boas vontades acabam sempre duvidando de suas “mediunidades,
De seus protetores etc”…
Sabemos que a maior regra, a maior força que existe para um
Médium segurar por toda sua vida terrena a proteção de suas
Entidades afins, é a sua conduta reta em todos os setores, é a sua MORAL,
Especialmente no seio familiar…

Allan Kardec - Livro dos Médiuns, fala sobre isso também, de outra forma.
Vejamos:
2ª Estará no esgotamento do fluido a causa da perda da mediunidade?
“Seja qual for a faculdade que o médium possua, ele nada pode sem o
Concurso simpático dos Espíritos. Quando nada mais obtém, nem
Sempre é porque lhe falta a faculdade; isso não raro se dá, porque os
Espíritos não mais “querem, ou podem servir-se dele.”

3ª Que é o que pode causar o abandono de um médium,
Por parte dos Espíritos?
“O que mais influi para que assim procedam aos bons Espíritos é o
Uso que o médium faz da sua faculdade. Podemos abandoná-lo,
Quando dela se serve para coisas frívolas, ou com propósitos ambiciosos;
Quando se nega a transmitir as nossas palavras, ou os fatos por nós
Produzidos, aos encarnados que para ele apelam, ou que têm necessidade
De ver para se convencerem. Este dom de Deus não é concedido ao
Médium para seu deleite e, ainda menos, para satisfação de suas ambições,
Mas para o fim da sua melhora espiritual e para dar a conhecer aos
Homens a verdade. Se o Espírito verifica que o médium já não
Corresponde às suas vistas e já não aproveita das instruções nem dos
Conselhos que “lhe dá, afasta-se, em busca de um protegido mais digno.”

A suspensão da faculdade não implica o afastamento dos Espíritos
Que habitualmente se comunicam?
“De modo algum. O médium se encontra então na situação de uma
Pessoa que perdesse temporariamente a vista, a qual, por isso, não
Deixaria de estar rodeada de seus amigos, embora impossibilitada
De vê-los. Pode, portanto, o médium e até mesmo deve continuar a
Comunicar-se pelo pensamento com seus Espíritos familiares e
Persuadir-se de que é ouvido. Se for certo que a falta da mediunidade
Pode privá-lo das comunicações ostensivas com certos Espíritos,
Também certo é “que não o pode privar das comunicações morais.”

Por que sinal se pode reconhecer a censura nesta interrupção?
“Interrogue o médium a sua consciência e inquira de si mesmo
Qual o uso que tem feito da sua faculdade, qual o bem que dela tem
Resultado para os outros, que proveito há tirado dos conselhos que se
Têm-lhe dado e terá a “resposta.”


Postado por UMBANDA CAMINHO DA FÉ às 18:29

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Um passo de cada vez


O desenvolvimento mediúnico é como o desabrochar de uma flor: um fenômeno sutil, que acontece dia a dia, sem milagres ou grandes saltos em sua evolução.

Desenvolver a mediunidade é um processo que começa interiormente, buscando a melhora íntima e o desenvolvimento das virtudes superiores, pois apenas através delas, acessa-se o padrão de sintonia ideal com os bondosos mensageiros que a Luz envia.

Mediunidade não é um bem para envaidecer-se, nem uma atividade que tem como objetivo matar o tempo ocioso dentro da matéria. É sim, um trabalho sério, que exige disciplina e maturidade, compaixão e carinho, para que o trabalho não se perca nas áridas ilusões do materialismo exacerbado.

Todo servidor mediúnico é uma ponte de ligação entre os planos mais
sutis e a matéria. É uma porta de acesso. Mas, caso essa porta seja aberta, o que transitará por ela?

Em verdade, o médium antes de ser elemento passivo na comunicação espiritual, é elemento ativo no processo de sintonia com as forças superiores.
A manifestação mediúnica é impressa sobre o conteúdo anímico que todo médium traz, em sua mente e em seu coração.

Por isso o grande esforço dos mensageiros da luz, para que antes das faculdades mediúnicas desabrocharem por completo, o médium passe por um período longo de desenvolvimento, onde suas capacidades acompanharão a própria evolução interna da alma, predisposta ao trabalho de intercâmbio espiritual. A todos esses irmãos, que buscam na mediunidade, um oportunidade de trabalhoredentor, deixamos os seguintes conselhos:

Utilizem-se sempre da palavra amiga, para que a psicofonia reflita os
sentimentos trazidos no coração.

Tenham olhos bondosos, que antes de procurar os defeitos alheios, sirvam para a compreensão dos próprios erros, fazendo da clarividência uma ferramenta para o autoconhecimento.

Santifiquem suas mãos com o trabalho honesto e edificante, para que elas possam trazer, através da psicografia, as palavras do mais alto.

Façam com que suas atividades diárias sejam norteadas pelo bom-senso e
pela alegria, aumentando a lucidez fora do corpo, quando das excursões
noturnas enquanto o corpo físico descansa.

Escolham bem as conversações as quais participam, para que seus ouvidos possam ouvir o sutil.

Cultivem pensamentos elevados e carinhosos em relação ao semelhante, para que a intuição flua, como um rio de bênçãos, a cair do altíssimo.

Não julguem com maldade e extremo rigor as manifestações mediúnicas do
próximo, para que não sejam traídos pelo animismo não edificante.

Lembrem-se que o mesmo rigor, descaso e sarcasmo destinado ao irmão, um dia poderá ser destinado a vocês.

Estudem, leiam e se instruam, mas não se envaideçam, pois os verdadeiros
tesouros espirituais trazemos no coração.

Cuidado com o mau-humor. Ele acaba com qualquer tentativa de contato
espiritual elevado. Manter-se sereno e equilibrado perante as pelejas do dia a dia é a maior prova de espiritualização que o ser pode dar.

Sejam simples. Não busquem o fenômeno ou o “show mediúnico”. Busquem
sim, o esclarecimento, os ensinamentos elevados, o consolo e a fraternidade
com os irmãos mais necessitados.

Cuidado com os excessos, trilhem o caminho do equilíbrio, para que suas
companhias espirituais também sejam equilibradas.

Façam da oração uma manifestação de fé e confiança verdadeira nas forças
celestes, para que o amparado delas nunca falte.

Não se martirizem, nem se tenham como pecadores. Ninguém é perfeito,
todos temos acertos e erros, débitos e créditos. Trabalhem e perseverem. Sejam críticos, mas não exagerem. Melhore na medida do possível e não se cobre uma postura impossível em relação à vida.

Cada um tem o que merece. Aceitem suas vidas, suas dificuldades, seus
problemas, pois eles estão aí por única e exclusiva responsabilidade sua.

Por último, confiem mais em si mesmos. Não desanimem com a aparente falta de evolução em relação a mediunidade. Como dito anteriormente, o processo
é lento, sem saltos ou rápidas transformações. Um passo de cada vez. O caminho é longo, mas todos temos a eternidade…

A simplicidade da umbanda


- umbanda não é grandiosidade de magos, é diminuição de vaidades frente às equânimes leis evolutivas;
– umbanda não é mistério, é simplicidade;
– umbanda não tem magno trono, tem toco de preto velho;
– umbanda não tem cetro de poder, tem o balanço do caboclo;
– umbanda não dá curso pago, ensina gratuitamente os segredos;
– umbanda não tem pastor de rebanhos, conduz à auto-iniciação resgatando a criança divina interna de cada um;
– umbanda não tem insígnia sacerdotal que exalta, sim vontade de servir o próximo que iguala;
– umbanda é caridade e não mata pelo orixá, ela vivifica os seres na vibração de exu-guardião;
– umbanda só tem um maioral, Jesus, o Mestre dos mestres, que se igualou aos excluídos dos templos e religiões de outrora.

Impressões de um médium de Umbanda


Sentados nas fileiras dos consulentes, olhamos para dentro do congá e vemos nestes médiuns a espiritualização que almejamos.


São como que mensageiros, verdadeiros anjos, seres especiais, com uma grande missão: amparar e ajudar a humanidade! Por estar próximo a estes seres humanos diferentes sentimos a grande aura do espírito que se comunica, e um facho da essência de DEUS. Médiuns de UMBANDA e suas entidades, para quem olha de fora são médicos de DEUS, com poder de abrandar nossas dores físicas e curar os males do corpo. São advogados dos CÉUS, com missão de fazer a justiça de que necessitamos. São senhores da MAGIA capazes de transformar pó em ouro, escriturários em doutores, auxiliares em chefes, indiferença em AMOR, ignorância em SABER. É ISTO MESMO?


Sentado nas fileiras dos consulentes, é isto mesmo!


Após adentrar para a corrente mediúnica observo como os médiuns de UMBANDA são pessoas comuns, com profissões comuns, com vida comum, pensamentos comuns. E em alguns casos me decepciono por que alguns guardam mágoas, são vingativos, fofoqueiros, maledicentes, orgulhosos, vaidosos, e indiferentes ao que acontece no astral. Como entender isto? Em pessoas especiais, médiuns que acoplam em seus corpos seres divinos, como entender que os conselhos, a sabedoria, a determinação e a coragem de seus guias não transformem seus mentais, não toque em seus corações, como entender isto?


Não espere resposta a este conflito nas próximas linhas, pois eu não entendo! Mas, refletindo sobre isto, um destes enviados divinos assopra aos meus ouvidos: Lembra-se do que é merecimento, liberdade de escolha, dívidas passadas, carmas e justiça divina? Lembra-se filho?


Conforme vamos seguindo neste caminho escolhido, o “caminho espiritual”, começamos a entender algumas das máximas Umbandistas de uma maneira intima: umbanda é a escola da vida, acolher a todos e a nenhum virar as costas, aprender com quem saiba mais ensinar a quem saiba menos.


Dentro do terreiro é o melhor lugar para exercitar a tolerância, aceitar as diferenças, propagar o perdão, respeitar os diferentes níveis de cada um, seja social, cultural, moral ou evolutivo. É o lugar certo para se aprender que a justiça divina existe e a esta justiça não se contesta, se aceita, pois desconhecemos os direitos e deveres de cada um perante DEUS.


E justiça não é aquilo que nos favorece, justiça é algo de DEUS para com todos.


O caminho espiritual é um caminho solitário onde alguns são tocados e outros não, mas todos estão no caminho e em algum momento nesta caminhada, em diferentes épocas e estágios, todos deveram ser tocados pelo respeito às diferenças e pela aceitação das mesmas. Além da resignada lição de todos os dias que a escola da vida nos ensina.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O que são Entidades Espirituais?


Como já lemos as funções de algumas linhas de entidades da Sagrada Umbanda,
agora, vamos saber o que são essas Entidades Espirituais.
Entidades espirituais é o nome dado a todos os espíritos
que estão em uma determinada faixa de vibração astral que
atuam dentro da Umbanda.
Esses espíritos são levados a fazerem parte de uma falange ou
agrupamento de espíritos, conforme seu grau de evolução
espiritual a fim de atuarem, aprenderem e evoluírem espiritualmente.
E ainda, esses espíritos podem v ou voltar a
reencarnar ou evoluir em um plano superior.
São as entidades que incorporam na Umbanda,
uma vez que os Orixás não incorporam.
Esses espíritos veem a Terra para executa
r os trabalhos ordenados pelos Orixás.
A falange chamada de “Sete Linhas”,
constituída por Oxum, Iansã, Nanã, Iemanjá, Xangô, Obaluaê, Omolú –
são espíritos de grande evolução que incorporam na Umbanda trazendo
a energia direta do Orixá
, ou seja, esses espíritos evoluídos são Caboclos,
não o Orixá propriamente dito.
O culto do Orixá, a famosa energia da natureza,
é desenvolvida pela religião de Nação,
onde esses Orixás, forças da natureza se manifestam
em seus filhos iniciados nas diversas nações da religião dita como afro.
Voltando a Sagrada Umbanda, após uma simples
explicação sobre Entidades Espirituais e Orixás.
As Entidades Espirituais que trabalham na
Umbanda se dividem em dois graus hierárquicos:
- Guias: São espíritos que podem ou não ser chefes
de falange ou legião. São aqueles
comuns dos terreiros de Umbanda, Eles, juntamente
com seu médium trabalha pela caridade,
independente dos tipos assuntos levados pelo seu consulente.
- Protetores: São espíritos que podem ou não incorporar,
depende de sua vontade. Esses espíritos Protetores
são de uma evolução muito grande
e vivem em plano astral superior. São conhecidos também como “guardiões”.
E ainda, para melhor entendimento, esses espíritos protetores
são os primeiros de cada falange,
ou seja, o primeiro da criação. Muitos deles passaram pela
reencarnação milhões de anos,
em épocas diferentes para terem a
experiência aqui na Terra, como seres humanos.
Mas, ao desencarnarem como todos retornam a
sua morada no plano superior e
voltam atuar como protetores ou guardiões.
Os grupos dos Espíritos Protetores se dividem em “falangeiro”, sendo que cada guia,
chefe ou não de falange utilizam o nome do primeiro da criação.
Um exemplo para compreender
melhor os dois grupos, temos a grande e
famosa Falange dos Exus Caveiras –
Existiu e ainda existe o primeiro da criação de cada grupo,
que sempre atuou no plano astral como guardião.
Os espíritos Protetores são:
Exu Caveira, Exu Tatá Caveira, Exu João Caveira, Exu Caveirinha,
Exu José Caveira, Exu Rosa Caveira, entre outros –
Essa falange possui seu “falangeiros”
que utilizam seus nomes e respondem pelo primeiro da
criação, ou seja, muitos deles, em sua maioria são
Guias Espirituais e lembrando, nem sempre sabemos
que esse ou aquele Exu é o primeiro da criação ou não.
Nesse caso, o Guia Espiritual atua no terreiro de Umbanda
para evoluir e colaborar com a evolução de seu médium, mas sempre
agindo conforme o primeiro da sua criação.

Magia na Umbanda


A umbanda é magia: magia não é privilégio de ninguém. Magia é a arte de manipular a natureza criando campos de força. E é exatamente isso que fazem os Guias nos Templos Umbandistas. Juntam elementos para criar, desde um simples patuá, até uma enorme energia positiva para destruir outra da mesma intensidade, criada por espíritos malignos. Magia não tem receituário nem dicionário. Magia é magia. Apenas é lamentável o mau uso do termo magia.

Todas as pessoas que trabalham na Umbanda são pequenos magos. Uns conscientes e outros inconscientes, mas, direta ou indiretamente, praticam a magia. Por ignorância tem gente matando cabritos, comendo carne crua e alguns, pasmem, praticando a magia do sexo, esta a mais burra e inexistente magia. São pessoas desorientadas e pervertidas usando o nome da magia para saciar seus instintos grotescos. Isto nada tem a ver com a verdadeira magia e muito menos com a Umbanda. Os Guias são sábios magiadores do BEM.



Magia do álcool

A cachaça, o vinho, a cerveja e etc..., têm função magística. No plano astral, servem para fins que fogem, na maioria das vezes, completamente à nossa compreensão. Pela volatilidade do álcool, apresenta eterização para desintegrar morbos e campos de forças mais densos. Espírito não vem no terreiro para beber. Um Exu Senhor Tranca Ruas das Almas, inquirido sobre a necessidade do espírito beber respondeu: - “se quisesse beber não viria nos terreiros. Iria freqüentar os bares onde vivem os alcoólatras e lá arranjaria um copo-vivo (ermo usado para aqueles que são dominados por espíritos viciados em bebida).

Aqui vale um ensinamento. No mundo espiritual existe o principio da lei dos semelhantes, ou seja, o semelhante atrai o semelhante. Todo homem embriagado quase sempre está acompanhado de um espírito semelhante. O grande problema é que, como o espírito não pode ingerir a bebida, ele aspira, para sua satisfação, a emanação do álcool, razão pela qual o bêbado (copo-vivo), ingere enormes quantidades de bebida. Uma parte para ele e outra para o espírito. Interessante que esses espíritos protegem o seu doador, bem como nós fazemos com o copo que nos serve para beber água, mas quando não mais lhe serve, abandona a criatura em estado deplorável.

Magia da fumaça

Todas as religiões do mundo usam a fumaça como depurador das energias. A defumação é sagrada e consagrada pelo mundo inteiro, desde os monges tibetanos até os padres católicos. O turíbulo do Guia é o charuto, o cachimbo ou o cigarro.... Faz parte da cultura indígena e, por extensão, da umbanda. Não devemos confundir a fumaça do charuto com a defumação através de ervas ou bastões cheirosos. Ambos têm funções importantes na religião, mas são usados de forma diferente. Não devemos esquecer os vários tipos de fumaça usadas pelos espíritos. Além do charuto, o cachimbo do preto-velho, o cigarro comum das pombas-gira e alguns exus, também produzem o mesmo efeito.

Aqui cabe a mesma consideração, espíritos guias não fumam. A fumaça que se eteriza é que tem função magística...



Magia do som e do movimento

A música foi feita para as pessoas se amarem. O som mexe nossos sentimentos. E também fazia parte da cultura dos índios. É um mântra. Mas não é só isso. O som repercute no éter. Ele vibra. A fala mansa domina e a fala grosseira irrita. Ele tem um equilíbrio, regulando nossas emoções. Quando ouvimos uma música forte, sentimos força interior. Ficamos mansos e dóceis ao som de uma música suave. Quem não se lembra da suavidade da canção de ninar docemente cantadas por nossas mães? E quem não se lembra dos sustos e medos passados na infância por gritos histéricos de alguém? Imaginem estarmos sentados à beira de um rio, olhos fechados, ouvindo o gostoso barulho da água formando pequenas marolas, ainda premiado com o canto de um sabiá e outros pássaros e uma pequena brisa nos refrescando. É um sentimento ligado ao som e ao movimento. Agora estamos voltando para casa. Os carros em sentido contrário fazendo o ruído na janela, a buzina dos apressados motoristas tentando a ultrapassagem, com o som ligado em volume máximo, tocando um pagode imoral desses conjuntos comerciais ou as barulhentas guitarras dessas bandas histéricas. Nossas emoções, com certeza, serão diferentes.

O movimento tem o mesmo efeito do som. Reparem que um andar seguro, calmo e firme transmite uma personalidade segura. Um andar desordenado e atabalhoado agita as energias em sua volta. Vejam um exército marchando. O garbo dos soldados emociona a todos. Falei do andar. E a dança! Quantos efeitos ela causa. Quando se fala em espiritualidade nosso parâmetro é Jesus Cristo. Jesus era um homem sereno, de andar firme, gestos harmoniosos e voz suave, pausada e clara, o que em absoluto me faz pensar fosse um homem triste. Ao contrário, imagino tenha sido um homem levando sempre um sorriso a todos, mas nunca deve ter dado uma gargalhada. Nas suas caminhadas não devia cansar, pois seus passos deveriam ser firmes e uniformes, sem jamais correr. Se alguém me perguntasse qual o movimento mais equilibrado que pudesse conceber, responderia, sem hesitação: o levantar do braço de Jesus Cristo acompanhado de sua firme voz.

Assim devem ser os Pontos Cantados e as danças na Umbanda. Se os pontos não forem cantados dentro da sua harmonia, com a mentalização sagrada e religiosa de quem vibra mentalmente nas irradiações dos Orixás e Guias, se tornam um amontoado de sons, sem repercussão magística. É necessário que os pontos sejam mântras, cantados com respeito, amor e vibração. Não se trata de formar um coral ou de se fazer uma apresentação vocal. Trata-se de concentração, respeito e amor naquilo que se está fazendo: invocando, louvando e irradiando caritativamente as vibrações sagradas ou Guias de Trabalho da Umbanda.

O mesmo podemos dizer da dança, que deve ser invocatória, harmonizada pelos gestos às vibrações invocadas. Isto acontece na maioria dos ritos religiosos, principalmente no Oriente. Canto e dança no louvor e invocação do sagrado.



Magia da guia

A guia é um elemento de ligação entre o médium e o espírito ou vibração. Imanta-se um campo de força nela centralizado, criando uma eficiente proteção contra eventuais energias negativas.

Ela se torna um pára-raios, ou melhor, um pára-energias. Às vezes ela arrebenta pela atração de energias negativas e forte. Essa pequena guia serve para o médium, como para invocar e atrair energia negativas, num ato de caridade em relação aos outros. Elas devem ser fechadas com duas firmas que concentram a polaridade positiva e negativa. Poderão ter, presas, uma cruz de aço, ou outro emblema ou ponto riscado dado pelo seu Guia, ou Guia da casa em que você trabalha.

A guia deve ser feita de acordo com a vontade do Guia que a solicite. Guia não é colar e, muito menos, enfeite. Existem vários tipos de guias. As guias dos orixás do médium, que são feitas com contas da cor cultuada pelo terreiro. São contas de cristal ou louça, e suas miçangas podem ser distribuídas com bom gosto. Mas jamais exageradas ou grande. Deve ser usada pendurada no pescoço e nunca atravessada no ombro, pois isto é coisa para quem tem cargo e assim é determinado. Atravessar Guia simboliza chefia. As guias podem conter sementes de capiá, também conhecida como lágrimas-de-Nossa-Senhora, outras sementes como coronha (olho-de-boi), bambús, olho de caboclo, conchas e outros elementos marítimos e até penas coloridas, tudo de acordo com a solicitação da entidade, autorização do Templo e conforme a sua origem.

Os pretos-velho, normalmente, são mais simples em suas guias. Gostam de muita simplicidade e preferem a guia inteira de sementes de capiá e poucos elementos.



Magia do ponto riscado

A sagrada grafia dos orixás serve para identificar o espírito comunicante, para chamar falanges e construir campos de força.

Através do Ponto riscado a Entidade se identifica e cria o campo energético de trabalho da sua vibração. Quando uma Entidade risca o ponto ele exerce uma atividade magística de identificação, para o campo astral, de suas ordens e comandos de trabalho (se identifica), pede licença para trabalhar dentro dessa vibração e mantém o pólo magnetizador que atrai energias pesadas, neutralizando-as e envia energias saudáveis ao consulente.

Os Pontos riscados são também usados na invocação das Vibrações dos Orixás e para a formação das Mandalas magísticas de trabalho em prol da caridade.





Magia do Templo Umbandista

O Templo Umbandista é a casa santa dos umbandistas. Nele se concentram todas as energias dos Orixás e Guias. Suas firmezas, o Congá, o Santuário, a Casa dos Exus, o respeito dos freqüentadores.

É o lugar onde cultuamos e desenvolvemos nossa espiritualidade através do emocionante encontro com o mundo dos espíritos, o outro lado da vida, a nossa Aruanda.



Magia da Disciplina e da Hierarquia

Uma pessoa muito culta me disse um dia: "gostei muito da Umbanda. Lá todos são deuses, ou seja, todos têm condição de fazer o milagre." A hierarquia na umbanda é respeitadíssima por todos os participantes. O pai (Babalorixá) dita as regras e a filosofia da casa, os pais e mães-pequenos são seus auxiliares diretos, as Ekédis cuidam da gira e dos médiuns e os ogans cuidam da disciplina e do conjunto de instrumentos usados no terreiro. Sobre a obediência à hierarquia o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse: quem não sabe obedecer, jamais poderá mandar. Este conjunto de respeito forma a união e a integridade mágica da casa espiritualista de Umbanda. Sem disciplina rígida e séria uma Casa de Umbanda não prossegue seu trabalho sob os auspícios da Espiritualidade Superior. O que parece, às vezes, exagero do Pai ou Pais e Mães pequenos no sentido da manutenção da disciplina, do respeito ao terreiro e aos Guias, do respeito à hierarquia constituída, da não permissão de fofocas ou conversas fúteis, constitui-se, na verdade, no grande para-raio ou entrave à entrada de espíritos obsessores, zombeteiros, mistificadores que, em nome de uma suposta caridade sentimentalóide e adocicada, atuam criando confusões, brigas, desentendimentos, desânimos e queda da Casa Umbandista. Todo cuidado é pouco. Não importa que agrade ou desagrade. Quem tem o espírito de amor e busca um Templo sério e a verdadeira espiritualidade, que conduz à evolução, compreende, adere. Caso contrário, é melhor que fique de fora da corrente, pois o orgulho, a vaidade e a ignorância são instrumentos nas mãos dos inimigos invisíveis para a produção de parada ou desmoralização de um Grupo Espiritualista.

Diz André Luiz, pelo médium Chico Xavier que : "Caridade sem disciplina é perda de tempo".

A corrente é a grande força do Templo Umbandista. Na verdade, a corrente merece mais cuidados que as paredes e toda a estrutura física do Templo. Tudo gira em torno dela. Se um elo dessa corrente estiver fraco, pode desestruturar todo o trabalho e dar acesso às energias negativas que, muitas vezes, conseguem prejudicar a vida de muitas pessoas ligadas a essa casa espiritual. Devemos sempre lembrar: "Ninguém é tão forte como todos nós juntos".

Para manter a Corrente sempre iluminada a disciplina tem que ser rigorosa, e o seu princípio está no respeito à hierarquia. O membro da Corrente que não se sinta inserido nesse campo de atividade de acordo com as normas da Casa deve se afastar, pois será melhor para ele, e evitar-se-ão problemas futuros, bem como a possibilidade de entrada de quiumbas por tele-mentalização nesses médiuns desavisados.



Magia do Congá

O Congá é um núcleo de força, em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo.

É Atrator porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos.

É Condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicosfera dos presentes.

É Escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (pára-raio), comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético.

É Expansor pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo.

É Transformador no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade.

É Alimentador, pelo fato de ser um dos pontos do templo a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá (Núcleo de Força).

O Congá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados de forma aleatória, atendendo a vaidade de uns e o devaneio de outros. Congá dentro dos Templos Umbandistas sérios tem fundamento, tem sua razão de ser, pois é pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão da espiritualidade.