•A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bo

•A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bo
•A UMBANDA TEM FUNDAMENTO E É COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO.
Obrigado, meu Deus, pela fé que me sustenta, Pelos amigos que fiz E continuo fazendo. Obrigado, meu Deus, Pelas bençãos de Ogum, Pela proteção de Iemanjá, pelo amor de Oxum. Obrigado, meu Deus, Pela força de Iansã, Pela retidão de Xangô, Pelo colo de Nanã. Obrigado, meu Deus, Pelo equilíbrio de Oxosse, Pelas curas de Omulu, pelas cores de Oxumarê. Obrigado, meu Deus, Pelas folhas de Ossãe, Pelas Crianças que enchem de alegria nossos Terreiros, Pela amizade dos Boiadeiros. Obrigado meu Deus, Pela humildade dos Pretos-Velhos, Pelas Almas Santas e Benditas, Pela cumplicidade de Exu e Pomba Gira. Obrigado, meu Deus, por fazer de mim um instrumento da Tua vitória. Até aqui o Senhor me ajudou! Deus salve a Umbanda!
Ney Rodrigues

RADIO C.E.A.B.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Reflexões acerca da Mediunidade e sua real natureza





Hoje me peguei entre meus pensamentos, analisando a grande disputa que existe entre médiuns de  algumas Casas de Umbanda, sobre suas mediunidades. Pura vaidade!!
Pois mediunidade é uma coisa particular de cada médium. 
Bem mediante tais fatos busquei algum texto coerente que pudesse explicar aos leitores algo mais detalhado sobre mediunidade.
Segue abaixo Texto tirado do blog Umbanda online, que consegue transcrever bem as particularidades da mediunidade e seu uso de acordo com a vontade de cada médium.
Boa Leitura!!

O SEXTO SENTIDO SENSORIAL

Reflexões acerca da Mediunidade e sua real natureza

Todo aquele que nasce num corpo sadio traz consigo cinco sentidos sensoriais que chamamos de básicos: audição, visão, tato, olfato e paladar. É natural ao ser humano muitas vezes não dar tanta atenção à complexidade desses sensores, talvez porque sejam comuns a todos e são estimulados e vivenciados desde que nascemos.

A criança

Aos pais mais atentos, é possível perceber o processo de maturação destes sensores no indivíduo. A criança nasce com a visão muito turva, que vai "clareando" ou "amadurecendo" num prazo de até seis meses, após este período é que a criança realmente enxerga o mundo a sua volta. O tato é mais sensível pela boca, por isso é que a criança até seus dois anos terá o hábito de levar tudo à boca, pois é a partir da sensibilidade oral que a criança percebe, diferencia e processa texturas, formatos, consistências, bem como o paladar.

O adulto

Bem, para nós já adultos, andar e correr é algo "automático", não precisamos de esforços e cálculos, entretanto observe uma criança no início da aprendizagem, há medo, calcula-se bem um ou dois passos, é preciso ter algumas certezas, algo a se apegar para não cair, dar três ou quatro passos, por algum período é um desafio incrível e a sensação de satisfação e superação ao atingir o objetivo, que normalmente é sair do braço da mãe e andar quatro passos aos braços do pai, é impagável.

O assunto

Toda esta introdução é para que possamos refletir sobre a mediunidade como mais um sentido sensorial com o qual todos nascem, reservando suas particularidades e especificidades, a mediunidade está para todos e é um sensor como os acima citados, porém este "sexto sentido" vem à luz do indivíduo mais tardiamente, comumente na adolescência, sem regras; pode acontecer já na maturidade bem como em tenra infância.

Já superamos o período histórico em que a mediunidade fora tratada como histeria, loucura ou possessão demoníaca.

Quando a mediunidade se apresenta num meio familiar em que o ambiente é de espiritualistas, tudo será mais fácil, entretanto cabem algumas considerações em todas as circunstâncias.

Vemos a mediunidade ser tratada ao longo dos tempos como um "dom supremo", coisa de gente "super dotada espiritualmente", fantástico, seres superiores e coisa do tipo, há também aqueles que tratam a mediunidade como uma castigo, uma penitência, um karma, uma dívida...

A fantasia...

Respeito a credulidade alheia, mas desculpe... Mediunidade não é nenhuma das opções acima, tampouco se trata de coisa de mutantes, X-men, super herói, nada disso. Todavia, justamente por estas proposições acerca da mediunidade é que quando ela desabrocha num ambiente sem estudo e condução coerente acaba por dar vazão a uma fértil criatividade ilusória perigosa para a vida social e espiritual do indivíduo. É assim que vemos "incorporações" do cavalo de Ogum relinchando no meio do terreiro, vemos o corcunda de notre dame na linha de exus, caboclo cego, preto velho paralítico e tantas outras aberrações comportamentais...

Mediunidade enfim...

Retomando a ideia da mediunidade como um sentido sensorial como os demais básicos, a mediunidade deve ser observada com seriedade e bom senso.

Desenvolver a mediunidade é um processo natural, importante e necessário a todos. Entenda o sentido de desenvolver a mediunidade como um processo de conhecimento, aceitação, exercício e maturação do sentido.

Ilustrando o conceito...

Sempre costumo comparar o seguinte: eu tenho minha audição em perfeito funcionamento, também tenho um paladar funcionando etc. Mas meu ouvido não é como o de um músico estudioso, treinado e disciplinado.

Quando ouço uma música, simplesmente ouço o conjunto dos instrumentos que embalam minha audição, entretanto um músico percebe as notas musicais, os vários instrumentos e até pode indicar o que está ou não afinado ou no compasso ideal. Eu não sei tocar instrumento algum e, portanto, jamais, nesta condição, poderei escutar uma música e reproduzi-la em qualquer instrumento. Posso mudar isso, estudando música e instrumento, me dedicando, exercitando e praticando muito, daqui alguns anos poderei estar apto a isso, mas já que me coloquei como exemplo, neste caso me falta também talento (risos).

O que quero dizer é que audição todos temos, porém alguns exercitam mais este sentido, apuram a capacidade de ouvir e lidar com os sons.

Nem melhor, nem pior...

Por isso não existe mediunidade melhor ou pior, superior ou inferior. Existe sim a mediunidade no indivíduo, este pode ou não amadurecê-la, pode ou não entendê-la e pode ou não praticá-la conscientemente.

Tirar a mediunidade do foco da sobrenaturalidade penso que seja o principal caminho para iniciar um relacionamento maduro com este sentido, que precisa de cuidados importantes. Faz parte do nosso organismo.

Exercite...

Se os músculos não forem exercitados, poderão atrofiar e gerar graves doenças e limitações ao corpo. Com a mediunidade também, se não for exercitada no mínimo se mantém estacionada.

Há quem diga "Faz trinta anos que sou médium", no entanto faz vinte anos que não pratico!?!

Trinta anos de mediunidade mal praticada não valem cinco anos de uma mediunidade ativa, praticada com estudo e bom senso.

O tempo determina muita coisa na mediunidade, como o músculo, você não define um músculo indo à academia uma vez por mês por meia hora. Se não houver disciplina, rotina e cuidados, esqueça braços, peitorais e abdômen definidos. De modo que a vivência disciplinada e o exercício rotineiro da mediunidade permitem que a cada dia de prática mediúnica este sentido se fortaleça, amadureça, amplie e alinhe.

É com o tempo também que o médium vai criando estabilidade vibratória, confiança e autonomia mediúnica.

Afinal de contas...

A mediunidade é algo mais natural do que pensamos, são muitos os tipos de mediunidade, você não terá a mediunidade que quer, mas a que te pertence, então procure conhecê-la e faça dela o melhor uso possível.

Pense nisso:

Mediunidade não é angelical e nem maligna, o uso que você fará dela é que determinará sua utilidade!

Grande abraço!

Rodrigo Queiroz

O SEXTO SENTIDO SENSORIAL

Reflexões acerca da Mediunidade e sua real natureza
blog :
http://wwwumbandaonline.blogspot.com

quinta-feira, 23 de junho de 2011


UMBANDA - SURGIMENTO E A RAÇA VERMELHA



A Umbanda é uma religião cósmica e, como tal, não está afeita apenas ao planeta Terra. Ela representa o conhecimento integral, que entendemos como sendo a religião, filosofia, ciência e as artes. Juntos, estes quatro pilares da sabedoria universal representam o conhecimento uno. Este conhecimento ensina que diversas raças já passaram pelo planeta Terra, e tantas outras ainda passarão. A primeira raça a habitar o nosso planeta foi a raça vermelha que surgiu na Lemúria (África e América do Sul unidas num só continente). Esta pura raça foi denominada por civilização lemuriana. 
A UMBANDA teve sua origem há milhares de anos. Sua origem remonta aos tempos da Lemúria.

No continente da Lamúria, em seu centro, onde hoje é o Planalto Central Brasileiro, surgiu ou foi revelada a Umbanda. Essa UMBANDA era o CONHECIMENTO INTEGRAL. Era a Religião, a Filosofia, a Ciência, e as Artes reunidas em um único bloco de conhecimento. Realmente, os Lêmures eram adiantadíssimos, e receberam a revelação da UMBANDA, a RELIGIÃO-PRIMEVA. Muitos pesquisadores espirituais respeitadíssimos atestaram a Tradição da Pura Raça Vermelha na Lemuria.

A civilização que sucedeu a Lemúriana foi a Atlante que também citada por conceituados autores espiritualistas. A civilização atlante foi poderosa, mas, por vários motivos, entre eles o orgulho, a vaidade e o egoísmo, foi dizimada. Nesse período negro da civilização atlante, a Umbanda começou a se fragmentar e a se deturpar. Era na época a única Religião-Ciência da humanidade. AO fragmentar-se em plena Atlântida, daria origem às religiões, ciências, filosofias e as artes de todos os tempos. Era a Umbanda a Religio-Vera, a Primeva Religião que, ao ser deturpada, corrompida e fragmentada, deu origem a todas as religiões que conhecemos. É por isso que muitos dizem ser a Umbanda uma mistura de religiões. Na verdade todas as outras religiões surgiram das deturpações da Umbanda que iniciou-se em plena Atlântida. Isso bem entendido, caminhemos avante, até chegarmos aos dias atuais.

Dissemos que tanto na Lemuria como Atlântida a Umbanda era a RELIGIÃO-UNA, e era ensinada a todos pela Pura Raça Vermelha, a primeira raça a habitar o planeta Terra.
Após dizermos da supremacia da Pura Raça Vermelha, da qual os indígenas brasileiros e mesmo os norte-americanos são seus remanescentes, penetremos no âmago da Historia da Umbanda até o seu ressurgimento, em pleno Brasil do século XIX, entre os anos de 1888 e 1889.

Antes de entendermos como a Umbanda RESSURGIU no solo em que um dia havia surgido, ou seja, aqui no Brasil, observamos outros povos que, em resquícios, também guardaram Fundamentos sobre a Umbanda.

O Egito, milenar império do continente africano, teve sua poderosa civilização conhecimentos sobre a Umbanda, a qual era ensinada a raríssimos iniciados nos Templos de Osíris e Isís. Toda a Mesopotâmia também conheceu esses fundamentos. Os EGÍPCIOS, os MÉROE, os CALDEUS passaram esse conhecimento, da Umbanda, ao povo de Mídiã, os midianitas, que eram negros e tinham como grande líder e patriarca o poderoso Jetro, que viria a ser sogro de Moisés. Por aí já podemos observar como os Nagôs, os Angolanos, os conguenses, em fragmentos muito deturpados, aprenderam e guardaram, através da tradição oral, os Fundamentos da Umbanda.

Além da África, esse conhecimento alcançou o Oriente, inclusive a Índia, Nepal, China, Manchúria, Mongólia e Tibet. Chegou ao “cume” di Himalaia, alcançando também outros povos.

Sabemos que um celta europeu, de nome Rama, que há quase 90 séculos foi o primeiro patriarca legislador da Índia, Pérsia (I-Ram) e Egito, também foi conhecedor, em minúcias, desses fundamentos, os quais grafou em seu “Livro Circular Estrelado’ ou planisfério astrológico. Assim, esse conhecimento alcançou os 4 cantos do planeta, sendo cada vez mais deturpado e interpolado.

Os fenícios também possuíam pequenos ou quase nenhum dos Fundamentos da Umbanda. Citamos os fenícios, pois os mesmos, em obediência as Leis do Universo, reecarnariam como portugueses e espanhóis. Justamente ambos, tal qual os fenícios, eram exímios navegantes, chegando propositalmente às terras brasileiras. Ao aqui chegarem encontraram remenescentes das poderosas nações Tupy-Nambá e Tupy-Guarany. Não demorou muito, no próprio século XVI, e aporta no Brasil o negro africano. Veio como escravo, mas muitos deles, juntamente com alguns indígenas missionários reecarnados, iriam dar o INICIO LIBERTACIONISTA a milhões de conseqüências. Vejamos como isso tudo aconteceu e vem acontecendo.

Reunidos estavam no Brasil em pleno século XVI, indígenas, negros, amarelos e brancos. Embora o negro estivesse no cativeiro, no processo escravagista, muitos africanos eram evoluidissimos e estavam em reencarnações sacrificiais, o mesmo acontecendo aos indígenas e aos brancos.

Nessa terra vibrada pelo Cruzeiro do Sul as entidades superiores iriam fazer ressurgir a Umbanda, a priori através do MOVIMENTO UMBANDISTA. Dissemos MOVIMENTO UMBANDISTA, pois os indígenas, africanos e brancos tinham seus rituais, e os mesmos estavam muito distanciados da verdadeira Umbanda. Aproveitar-se-ia da miscigenação, racial, do sincretismo cultural e, por dentro desta mistura de rituais, far-se-ia ressurgir a Umbanda, através do Movimento Umbandista, que na verdade pretende fazer a sua restauração.

Na época, os africanos já eram monoteístas, pois acreditava numa só Divindade Suprema, criadora e que estava acima de qualquer outra menor. Demonstravam essa Divindade Suprema de OLODUMARE entre os Nagôs ou Yorubás e ZAMBY entre os Bantus (Angola, Congo). Acreditavam também em divindades menores as quais denominavam de ORIXÀ. Esse Orixá era um espírito altamente situado perante a Hierarquia Espiritual, sendo-lhe conferido o domínio de certas forças espirituais e naturais. Também tinham os Orixás como Espíritos que nunca encarnaram no planeta. Aqueles que encarnavam e desencarnavam eram denominados de EGUNS, e, portanto, diferentes do Orixá. Basicamente, de forma simplificada, era assim a crença dos irmãos africanos.

Os indígenas brasileiros remanescentes dos Tupy-nambá e Tupy-guarany também eram MONOTEÍSTAS, pois acreditavam em uma só Divindade Suprema, que denominavam TUPÃ. Abaixo de TUPÃ havia outras Entidades ou Divindades menores denominadas ARAXÁS. Tinham atributos naturais e sobrenaturais. Acreditavam em Cristo Cósmi ou Messias, o qual era denominado YURUPARI. Tinham a cruz como símbolo sagrado exatamente por conhecerem o mito solar, que velava a Tradição do Cristo Cósmico e seu Santo Sacrifício. Chamavam essa cruz, que era sagrada, de CURUÇA.

Os brancos, representados pelo europeu, trouxeram rudimentares noções do cristianismo, através do catolicismo romano. Mas da própria Europa chegou-nos em pleno século XIX, mais precisamente da França, o dito Espiritualismo ou Kardecismo. Não há de se negar que, em termos filo-religiosos ou mesmo cristãos, é o que de melhor havia da raça branca. Esse Kardecismo pregava a imortalidade da alma, as sucessivas vidas (reencarnações), a pluralidade dos mundos, a Lei de ação e reação e a aplicação, em sua alta pureza, dos conceitos crísticos.

Bem, do século XVI ao século XIX, tivemos muitas e muitas facetas desses 3 cultos miscigenados, mas que para futuro seriam um culto reorganizador e eixo  direcional para a Confraternização Universal. A situação no século XIX, entre os anos de 1888 e 1889, em que fervilhavam as mudanças sociais, políticas, culturais, foi o momento propício para o Plano Astral Superior imprimir uma mudança aos ditos cultos miscigenados, pois era inevitável e extretamente oportuno.Assimé que os ditos cultos miscigenados, ou também denominados cultos afro-brasileiros, começaram a sofrer o saneamento, a ponto de, em muitos locais mormente Rio de Janeiro e São Paulo, já haver a manifestação de índios (caboclos) e negros africanos (pretos-velhos). Esses pontas de lança foram comandados pelo Caboclo Curugussu*, poderoso emissário da Raça Vermelha que, toda vez que “baixava”, juntamente com sua grande falange, dizia ter vindo trazer a Umbanda. Prepararam o terreno, pois em 1908, nove anos após a proclamação da República, nos dias 15 e 16 de novembro do mesmo ano, uma Entidade Espiritual mediuniza um menino-moço de dezessete anos, chamado Zélio Fernandino de Moraes. A entidade que no dia 15 de novembro baixara em uma mesa Kardecista e fora repelida, disse que no dia 16 baixaria na casa do seu aparelho, e nesse local não haveria nenhuma forma de discriminação, onde pobres e ricos, negros, brancos e bugres caboclos podiam baixar, e esse ritual se chamariaUmbanda. E assim foi feito. Perguntado o nome a essa possante Entidade, ela diz que, se necessário fosse dar um nome, esse seria CABOCLO DAS 7 ENCRUZILHADAS, pois para ele não haveria caminhos fechados. Esse fato, ocorrido nos dias 15 e 16 de novembro, aconteceu no Rio de Janeiro.

Esse marco do CABOCLO DAS 7 ENCRUZILHADAS foi importantíssimo, e é bom que se frise que nas suas sessões nunca houve rituais com matanças de animais e nem os toques com atabaques. A vestimenta era toda branca, os pés descalços e o próprio Zélio de Moraes, a pedido do Caboclo Sr. 7 encruzilhadas, usava apenas uma guia ou colar ritualístico.   Pela   sua   humildade,   modéstia   e   dedicação   às   coisas  da Umbanda, Zélio foi um médium portentoso, que realmente trabalhava em favor dos necessitados do corpo e da alma. A ligação mediúnica que tinha com o Caboclo Sr. 7 encruzilhadas era impar. Realmente, era um médium de fato e de direito, com “ordens e direitos de trabalho”. O Caboclo Sr. 7 encruzilhadas, em sua tarefa, foi complemento por mais duas portentosas Entidades, o Caboclo Orixá Malé e o sapientíssimo Pai Antonio.

 O Caboclo Curugussu, da linha de Ogum, que, sabiamente, durante 9 anos, com uma imensa plêiade de emissários espirituais, sutilmente foi lançado o vocábulo Umbanda, completamente esquecido até então. Somente os indígenas guardaram o vocábulo Macauam ou mesmo Anauanm, os quais eram formas de velar o vocábulo sagrado Umbanda ou AUMBANDAN. Além dessa fase de disseminação do vocábulo Umbanda e do surgimento da meduinização em um ou outro médium, através de um Caboclo ou Preto-Velho, houve uma completa higienização mental e espiritual por dentro dos até então confusos cultos afro-brasileiros.
Preparou o advento do Caboclo Sr. 7 Encrusilhjadas.


 O Caboclo Sr. 7 Encruzilhadas, com seu aparelho o irmão Zélio Fernandino de Moraes, falecido em 1975. Nesta fase tivemos a reimplantação do vocábulo Umbanda e um ritual que representasse a Umbanda, pois este ritual que surgiu era completamente diferente dos existentes. Foi na verdade o 1º templo Umbandista organizado a ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras:
"- Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem nas horas de aflição, todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai."
Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão. Dez anos depois, em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas recebendo ordens do astral fundou sete tendas para a propagação da Umbanda, sendo elas as seguintes:


Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia;
Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição;
Tenda Espírita Santa Bárbara;
Tenda Espírita São Pedro;
Tenda Espírita Oxalá;
Tenda Espírita São Jorge;
Tenda Espírita São Jerônimo.  
                                                                          
Advento do Caboclo Mirim

Após o anúncio da Umbanda pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas e da definição de alguns de seus princípios básicos, por Pai Antônio, em 1908, através de Zélio Fernandino de Moraes, manifestou-se, em outro jovem médium, Benjamin Figueiredo, em 12 de março de 1920, o Caboclo Mirim, que traria uma nova vertente para a Umbanda, tanto na forma de hierarquização, como na denominação dos diferentes níveis iniciáticos dos médiuns de sua Casa. Esse jovem médium foi o veículo um iluminado Mestre, que, também se utilizando da roupagem fluídica de um índio  brasileiro, veio ratificar a mensagem de humildade e caridade da Umbanda, já anunciada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas e por Pai Antônio. Vinha ensinar a prática da mediunidade em sintonia e respeito à natureza e ao livre-arbítrio do praticante, na plenitude da “Escola da Vida”.
Com esse propósito, o Caboclo Mirim se manifestou naquele que seria seu companheiro de uma vida: Benjamin Gonçalves Figueiredo (26/12/1902 - 03/12/1986).

O jovem Benjamin Figueiredo tornou-se com o tempo um dos principais expoentes no movimento pela evolução do culto e pelo reconhecimento das casas umbandistas junto às autoridades de seu tempo, estando lado a lado de alguns dos incansáveis guerreiros dos primeiros anos da nossa querida Umbanda, Domingos dos Santos, João Carneiro de Almeida, José Álvares Pessoa, Manoel Nogueira Aranha, João de Freitas, Cavalcanti Bandeira, Cícero Bernardino de Melo, Narciso Cavalcanti, Félix Nascente Pinto, Jerônimo de Souza, Henrique Landi Júnior, Matta e Silva, Tancredo da Silva Pinto, Átilla Nunes (pai), Omolubá, Flavio da Guiné, dentre outros.
Por toda uma vida voltada à unificação dos umbandistas, Benjamin Gonçalves Figueiredo deixou registrada em nossa memória as lembranças do incansável líder, do médium admirável de Caboclo Mirim e de Pai Roberto e do homem cuja integridade e ideais em muito superaram os seus dias, nos trazendo até os dias de hoje os ecos de uma bela mensagem de fé e de determinação em tirar a Umbanda da marginalidade a qual esteve relegada pela sociedade brasileira até meados do século passado.
A partir de então, toda a família Figueiredo viu-se envolvida na formação daquele que seria um dos mais importantes núcleos umbandistas do Brasil. Aos 13 dias do mês de março do ano de 1924 considerou-se fundada a Tenda Espírita Mirim. Desde o início Caboclo Mirim advertiu que aquela seria uma Organização única no gênero em todo o Brasil, cujo método seria adotado por outras Tendas, até mesmo em outros Estados da Federação.

De fato, o ritual da Tenda Mirim sempre se destacou no meio umbandista por trazer influencias de correntes filosóficas que vão desde o Ocultismo e à Teosofia ao Espiritismo de Allan Kardec.
Caboclo Mirim aboliu do seu culto diversos elementos que estavam intimamente ligados à noção de que se tinha das “macumbas” e feitiçarias reinantes naqueles tempos, bem como alguns outros também relacionados ao culto católico e à cultura africana, em especial.

Ainda como parte da ruptura com outras religiões, nos terreiros orientados por
Caboclo Mirim não se encontravam altares com as imagens católicas, apenas a de Jesus Cristo situado acima da altura da cabeça dos médiuns, onde se lia a inscrição “O Médium Supremo”. Os atabaques foram trocados por enormes tambores (tocados sentados), toalhas – de - guarda e as vestes rendadas coloridas, típicas da Bahia, deram lugar aos brancos uniformes e calçados, sempre sóbrios, como a lembrar a seus médiuns que todos eram apenas operários da fé, ou melhor, “Soldados de Oxalá”, como na letra de um belo hino da Tenda Mirim. Nenhum ornamento, nem guias, colares ou qualquer tipo de ostentação pessoal era aceita. Antes da abertura dos trabalhos, era até difícil ao visitante reconhecer os dirigentes dentre os demais médiuns da Casa. Foi um primeiro passo em busca de uma identidade própria para a Umbanda, buscando-se dignificar o culto e seus participantes, tendo como base a organização e a disciplina do conjunto do corpo mediúnico da casa umbandista. Percebe-se ainda a nítida influência do movimento positivista daqueles tempos, através de certa rigidez hierárquica e disciplinar no terreiro, o que, aliás, atraiu muitos médiuns militares para as fileiras das casas sob a orientação de Benjamin Gonçalves Figueiredo.
O Caboclo Mirim introduziu também o conceito de graduação aos seus médiuns em desenvolvimento, com uma classificação própria para cada um nos trabalhos de atendimento público. Foi, talvez, a primeira Escola de Formação Iniciática Umbandista! O novo adepto da religião iniciava seu desenvolvimento mediúnico na base da pirâmide hierárquica do terreiro, e ia ascendendo nela conforme em seu próprio ritmo, levando-se em conta a seriedade e a dedicação do neófito, e sempre de acordo com a intensidade e a qualidade com que seus próprios Guias trabalhavam junto ao médium. Com isso, durante seu desenvolvimento, o médium exercitaria várias funções dentro dos trabalhos de caridade. A nomenclatura dos sete graus foi baseada na terminologia da língua Nheêngatú, da antiga raça dos índios Tupy.
 Assim ficaram classificados:

· 1º Grau: Bojámirins - Entidades dos médiuns Iniciantes (I)
· 2º Grau: Bojás - Entidades dos médiuns de Banco (B)
· 3º Grau: Bojáguassús - Entidades dos médiuns de Terreiro (T)
· 4º Grau: Abarémirins - Entidades dos Sub-Chefes de Terreiros (SCT)
· 5º Grau: Abarés - Entidades dos Chefes de Terreiros (CT)
· 6º Grau: Abaréguassús - Entidades dos Sub Comandantes Chefes   deTerreiros (SCCT)
·
 7º Grau: Morubixabas – Entidades dos Comandantes Chefes de Terreiros (CCT).  
                                                                                                                                   A liturgia aplicada nos terreiros também introduzia novos conceitos à fé umbandistas. Caboclo Mirim sintetizou o tradicional panteão africano em algumas linhas de trabalho sob a égide de Tupã, o Senhor da criação na cultura Tupi-Guarani.
A partir dos anos 50, com um trabalho já bem consolidado na sua matriz no Rio de Janeiro, Caboclo Mirim responsabilizou vários médiuns a levar as Tendas de Umbanda ao longo de todo território nacional. A primeira casa descendente da Tenda Mirim foi criada em 30/06/1951, como filial, em Queimados, cidade de Nova Iguaçu. Depois desta, novas casas foram abertas em Austin, Realengo, Colégio, Jacarepaguá, Itaboraí e Petrópolis. 


Sabemos que a UMBANDA é o “Conjunto das Leis de Deus”, veremos sua finalidade primeira e precípua á fazer o homem agir de acordo com essas Leis. Que essas Leis nos induzam ao bem, amor, à fraternidade. Por isso dizemos que a UMBANDA É LUZ, é a LUZ DAS ALMAS, aquela que redimirá mossas consciências, e através desse MOVIMENTO UMBANDISTA que, repetimos, é o que todos agora fazemos como se fosse Umbanda, alcançamos aqueles áureos tempos de progresso e evolução. Retornaremos aos tempos em que a Ciência, a Religião, a Filosofia e as Artes, eram uma só, eram um só conhecimento...reencontraremos o Elo Perdido.


(Texto retirado da Internet com adaptações de total responsabilidade nossa)
                                                                                                Ney Rodrigues
Referência
 Livro:
Lições básicas de Umbanda – F. Rivas Neto
(YAMUNISIDDHA ARHAPIACHA)
Ed. Cone

Sites:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caboclo_Mirim#Hist.C3.B3ria_do_Advento_do_Caboclo_Mirim
http://www.casabrancadeoxala.org

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Transformando, Se Transformando e Se Encantando


Quero compartilhar aqui um momento meu… Por conta do meu trabalho, nesta intensa e imensa pesquisa para nosso blog e nosso site , tenho conhecido, um pouco melhor as religiões do e no Brasil.
Que fantástico!!! Como é bom expandir e expandir-se!!! Idéias novas, idéias renovadas, conceitos em fatos, fatos em conceitos…
Meu Deus… quanta gente por aí fazendo o Bem, doando-se inteiramente às suas causas, motivos, ideais… Tantos, sem medo, sem receio, sem vergonha ou sei lá o que, vivem o Amor que sentem por Deus-Criador, em suas vidas, diariamente… não que sejam perfeitos, longe disso, percebo que sabem o seu real tamanho e sabem que de qualquer tamanho podemos ser verdadeiros.
O Amor permite que sejamos verdadeiros!
Vejo-me tão preconceituoso sempre… sempre fui. Confiante demais nas minhas santas verdades que nem sequer dava ouvidos, ou olhar, ao que eu, na acepção de ingrato filho do Criador, achava que era menor. Menosprezava mesmo! Não entendia, não conhecia e não queria conhecer. Me envergonho disso  eu era inocente, medroso, era preconceituoso mesmo e medroso também! rsrsrs. Estou falando da Umbanda. Ainda não quero comentar claramente todo o meu pensamento, pois ele ainda está sendo construído e desta vez bem dentro de mim, que prefiro gozar um pouco mais dessa solidão  sem ter conceito – julgamentos, críticas e opiniões, que vivem (iam) dentro de mim. E isto tudo está me ajudando a reafirmar o Amor que sempre senti em me conectar com o Todo Universal.
Reafirmo a cada dia minha presença nesta Terra Bendita, chorando, sorrindo, me felicitando, sofrendo, reconhecendo a maldade existente em mim, amando, confessando o amor, querendo, querendo muito, querendo demais, desejando, podendo e não tendo, tendo e não podendo, libertando, amarrando, enterrando, e desenterrando – meu Deus, empunhando a espada, apunhalando, socorrendo, sacramentando-me inteiro – independente do que acho certo-errado, correto-incorreto, pedindo ajuda, ajudando, colocando-me de pé, caindo e rolando, me entregando com medo ou sem medo. Sou eu! E ser eu é muito gostoso!!! Viver a vida que vivo é muito gostoso!
A cada dia, momento, pensamento, estudo, vou percebendo o quanto somos seres tão diferentes, somos tão próprios de nós mesmos, tão diversos uns dos outros e ainda assim SEMELHANTES, iguais, mas não os mesmos… irmanados somos na mesma força cósmica, respiramos o mesmo ar. O ar que sai do meu pulmão, entra no seu pulmão… a gente ainda tem, eu tenho, nojos diversos de coisas, de pessoas, medos de o outro me fazer algum mal, me atingir de alguma forma, medo, de demanda, medo de ladrão,  medo de morrer, medo de altura, medo do bicho-papão!
Somos uma legião de insistentes na travessia da ordem com ternura, na travessia da razão com a emoção à flor da pele, a emoção nos impulsionando na rota – de volta pra casa – a cada noite, a cada amanhecer, a cada entardecer, a cada boca que se abre confessando o Amor, a cada boca que se fecha para que o olhos digam Eu te Amo.
Somos uma legião de árvores que caminham arrastando suas raízes pela Terra, juntas unidas, formando formas diversas, renovando ares, sendo sombra fresca, dando frutos e frutas, sementes para novas árvores, e morrendo de pé.
Somos Um! Só existe uma força, uma energia que irradia para todos! Animais, bichos, homens, plantas, terra, ar, água – Tudo! Somos Um! Mas não os mesmos.
Somos individualidades que podem escolher. Podemos raciocinar, podemos amar, podemos odiar, podemos gritar, podemos enlouquecer, podemos dar a vida, podemos matar a vida, podemos dar de comer, podemos roubar, podemos distrair-mo-nos, podemos conscientizar a si e a alguéns, podemos escrever e podemos rasgar depois, podemos rasgar antes de ler, podemos enxergar e se quisermos podemos fechar os olhos… Podemos dizer e nos calar também, ser omissos, submissos, covardes, fracos. Podemos ser o que quisermos ser. 
Como é bom ver crianças se tornarem adultas, e cheias de responsabilidades trabalharem como gente grande sem medo de encarar seus medos e principalmente sua missão. 
Umbanda é luz que envolve a todos! A Umbanda é a mãe. É a mãe amorosa que acolhe seu filho quando se machuca. É a mãe que chora com ele a dor dos desafetos íntimos e faz calar o choro no peito farto de alimento espiritual. A Umbanda é como a mãe extremosa que causa qualquer causa em prol do bem-estar de teus filhos. A Umbanda é aquela mãe que ama tanto, capaz de acolher até quem não é seu filho e ainda dar de beber o leite que verte dos seios teus… A Umbanda é aquela mãe que recebe seu filho pródigo, e ainda que aquele filho não volte mais, ela nunca o perderá de vista, pois ele sempre estará em seu nobre coração de Mãe!
A Umbanda é a mãe do mundo! Mãe de todos nós! Mãe preta, branca, cigana, moça, rainha, japonesa, guerreira, princesa, cabocla, alemã, índia, menina. A Umbanda é Maria, é Joaquina, é Julinha, é Fátima, é Teresa, é Marilza, é Jana, é Chica, é Carmem, é Mônica, é Jurema, é Fernanda, tantas e tantas e todas. 
Obrigada, mãe Umbanda, por fazer parte de nós e permitir sempre que façamos parte de ti.
Ney Rodrigues


quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Umbanda sob a visão da Espiritualidade


Antes de discorrermos sobre a cristandade da Umbanda, daremos algumas explanações preciosas do nosso amado Mestre, o Espírito de Ramatis, sobre a situação atual da nossa Umbanda, bem como as diretrizes da Administração Sideral, a fim de nos conscientizarmos, estudarmos, deixarmos a egolatria e o egocentrismo de lado, arregaçarmos as mangas, e partirmos para uma coesão doutrinária e litúrgica de nossa amada religião:

Como é que os Mentores Espirituais encaram o movimento de Umbanda Observado do Espaço?
Ramatis: Evidentemente, sabeis que não há separatividade nem competição entre os Espíritos benfeitores, responsáveis pela espiritualização da humanidade. As dissensões sectaristas, críticas comuns entre adeptos espiritualistas, discussões estéreis e os conflitos religiosos, são frutos da ignorância, inquietude e instabilidade espiritual dos encarnados. Os Mentores Espirituais não se preocupam com a ascendência do Protestantismo sobre o Catolicismo, do Espiritismo sobre a Umbanda, dos Teosofistas sobre os Espíritas, mas lhes interessa desenvolver nos homens o Amor que salva e o Bem que edifica!
Os primeiros bruxuleios de consciência espiritual liquidam as nossas tolas criticas contra os nossos irmãos de outras seitas. Em primeiro lugar, verificamos que não existe qualquer “equívoco” na criação de Deus e, secundariamente, já não temos absoluta certeza de que cultuamos a “melhor” Verdade! Ademais, todas as coisas são exercidas e conhecidas no tempo certo do grau de maturidade espiritual de cada ser, porque o Espírito de Deus permanece inalterável no seio das criaturas e as oriente sempre para objetivos superiores. As lições que o homem recebe continuamente, acima do seu próprio grau espiritual, significam a “nova posição evolutiva”, que ele depois deverá assumir, quando terminar a sua experiência religiosa em curso.
Obviamente, os Mentores Espirituais consideram o movimento de Umbanda uma seqüência ou aspiração religiosa muitíssimo natural e destinada a atender uma fase da graduação espiritual do homem. A Administração Sideral não pretende impor ao Universo uma religião ou doutrina exclusivista, porém, no esquema divino da vida do Espírito eterno, só existe um objetivo irredutível e definitivo – a Amor!
Em conseqüência, ser católico, espírita, protestante, umbandista, teosofista, muçulmano, budista, israelita, hinduísta, iogue, rosacruciano, krisnamurtiano, esoterista ou ateu, não passa de uma experiência transitória em determinada época do curso ascensional do Espírito eterno! As polemicas, os conflitos religiosos e doutrinários do mundo, não passam de verdadeira estultícia e ilusão, pois só a ignorância do homem pode levá-lo a combater aquilo que ele “já foi” ou que ainda “há de ser”! É tão desairoso para o católico combater o protestante, ou o espírita combater o umbandista, como em sentido inverso, pois os homens devem auxiliar-se mutuamente no próprio culto religioso, embora respeitem-se na preferência alheia, segundo o seu grau de entendimento espiritual.
É desonestidade e cabotinismo condenarmos a preferência alheia, em qualquer tributo espiritual da vida humana! Pelo simples fato de um homem detestar limões, isto não lhe dá o direito de reclamar a destruição de todos os limoeiros, nem mesmo exigir que seja feito o enxerto a seu gosto!
Nota do Autor: Tem uma frase significativa, dita pelo Espírito de Miranês, através do médium João Nunes Maia: “Se uma religião combate o tipo de fé de outra é por não estar seguro da sua”.

E o que vós julgais da Umbanda?

Ramatis: Embora reconheçamos que o vocábulo trinário Umbanda, em sua vibração intrínseca e real, significa a própria “Lei Maior Divina” regendo sob o ritmo septenário o desenvolvimento da Filosofia, Religião e a existência humana pela atividade da Magia em todas as latitudes do Universo, neste modesto capítulo referimo-nos à Umbanda, apenas como doutrina de espiritualismo de “Terreiro”. Sabemos que a palavra Umbanda é síntese vibratória e divina, abrangendo o conjunto de leis que disciplinam o intercâmbio do Espírito e a Forma, em vez de doutrina religiosa ou fetichista. Ela é conhecida desde os Vedas e demais escolas iniciáticas do passado, mas foi olvidada na letargia das línguas mortas e abastardada nos ritos africanos, passando a definir praticas fetichistas e atos de sortilégios. Em certos casos, chegaram a confundi-la com a própria atividade do sacerdote negro!
Sem dúvida, ela deturpou-se na sua divina musicalidade e enfraqueceu a sua intimidade sonora na elevada significação de um “mantram” cósmico! Mas devido à ancestralidade divina existente no Espírito humano, Umbanda será novamente expressa e compreendida na sua elevada significação cósmica, mercê do trabalho perseverante dos próprios umbandistas estudiosos e descondicionados do fetichismo escravizante de seita! No entanto, nós prosseguiremos neste labor mediúnico, examinando Umbanda, somente em sua atual condição de sistema doutrinário mediúnico religioso!

E que dizeis de Umbanda, como “espiritualismo de Terreiro”?
Ramatis: Em face de nosso longo aprendizado no curso redentor da vida humana, almejamos que a doutrina espiritualista de Umbanda alcance os objetivos louváveis traçados pela Administração Sideral.
Indubitavelmente, a Umbanda, ainda não passa de uma aspiração religiosa algo entontecida, mas buscando sinceramente uma forma de elevada representação no mundo. Não apresenta uma unidade doutrinária e ritualística conveniente, porque todo “Terreiro” adora um modo particular de operar e cada chefe ou diretor ainda se preocupa em monopolizar os ensinamentos pelo crivo de convicção ou preferência pessoal. Mas o que parece um mal indesejável é conseqüência natural da própria multiplicidade de formas, labores e concepções que se acumulam prodigamente no alicerce fundamental da Umbanda.
Aqueles que censuram essa instabilidade muito própria da riqueza e variedade de elementos formativos umbandisticos, são maus críticos, que devido à facilidade de colherem frutos sazonados numa laranjeira crescida, não admitem a dificuldade do vizinho ainda no processo da semeadura.

Poderíeis usar de alguma imagem comparativa que nos sugerisse melhor entendimento sobre a situação atual da Umbanda?
Ramatis: A Umbanda é como um grande edifício sem controle de condomínio, onde cada inquilino vive a seu modo e faz o seu entulho! Em conseqüência, o edifício mostra em sua fachada a desorganização que ainda lhe vai por dentro. As mais excêntricas cores decoram as janelas ao gosto pessoal de cada morador; ali existem roupas a secar, enfeites exóticos, folhagens agressivas, bandeiras, cortinas, lixo, caixotes, flores, vasos, gatos, cães, papagaios e gaiolas de pássaros numa desordem ostensiva. Debruçam-se nas janelas criaturas de toda cor, raça, índole, cultura, moral, condição social e situação econômica. Enquanto ainda chega gente nova trazendo novo acervo de costumes, gostos, temperamentos e preocupações, que em breve tentam impor aos demais.
Malgrado a barafunda existente, nem por isso é aconselhável dinamitar o edifício ou embargá-lo, impedindo-o de servir a tanta gente em busca de um abrigo e consolo para viver a sua experiência humana. Evidentemente é bem mais lógico e sensato firmar as diretrizes que possam organizar a vivencia proveitosa de todos os moradores em comum, através de leis e regulamentos formulados pela direção central do edifício e destinados a manter a disciplina, o bom gosto e a harmonia desejável.

Quereis dizer que apesar da confusão atual reinante na Umbanda, ela tende para a sua unidade doutrinária, não é assim?
Ramatis: Apesar dessa aparência doutrinária heterogênea, existe uma estrutura básica e fundamental que sustenta a integridade da Umbanda, assim como um edifício sob a mais fragrante anarquia dos seus moradores, mentem-se indestrutível pela garantia do arcabouço de aço.
Da mesma forma, o edifício da Umbanda, na Terra, continua indeformável em suas “linhas mestras”, bastando que os seus lideres e estudiosos orientem-se através da diversidade de formas exteriores, para em breve identificar essa unidade doutrinária iniciática. Os Terreiros ainda lutam entre si e atacam-se mutuamente, em nome de princípios doutrinários e ritualísticos semelhantes, enquanto sacrificam a autenticidade da Umbanda pela obstinação e pelo capricho da personalidade humana. É tempo dos seus lideres abdicarem do amor-próprio, da egolatria e interesses pessoais, para pesquisarem sinceramente as “linhas mestras” da Umbanda e não as tendências próprias e que então confundem à guiza de princípios doutrinários.

Considerando-se que a Umbanda é de orientação espiritual superior, qual é a preocupação atual dos seus dirigentes, no Espaço?
Ramatis: Os Mentores da Umbanda, no momento, preocupam-se em eliminar as praticas obsoletas, ridículas, dispersivas e até censuráveis, que ainda exercem os umbandistas alheios aos fundamentos e objetivo espiritual da doutrina. Sem dúvida, uns adotam excrescências inúteis e abusivas no rito e características doutrinarias de Umbanda, por ignorância, alguns por ingenuidade e outros até por vaidade ou interesse de impressionar o publico. Inúmeras práticas que, de inicio, serviram para dar o colorido doutrinário, já podem ser abolidas em favor do progresso e da higienização dos “Terreiros”.
Aliás, a Umbanda é um labor espiritual digno e proveitoso, mas também é necessário se proceder à seleção de adeptos e médiuns, afastando os que negociam com a dor alheia e mercadejam com as dificuldades do próximo.
Raros umbandistas percebem o sentido especifico religioso da Umbanda, no sentido de confraternizar as mais diversas raças sob o mesmo padrão de contato espiritual com o mundo oculto. Sem violentar os sentimentos religiosos alheios, os Pretos-Velhos são o “denominador comum” capaz de agasalhar as angustias, suplicas e desventuras dos tipos humanos mais diferentes. São eles os trabalhadores avançados, espécie de bandeirantes desgalhando a mata virgem e abrindo clareiras para o entendimento sensato da vida espiritual, preparando os filhos e os habituando a soletrar a cartilha da humildade para mais breve entenderem a própria mensagem iniciática (e doutrinária) do Espiritismo.
A Umbanda tem fundamento e quando for conhecido todo o seu programa esquematizado no Espaço, os seus próprios críticos verificarão a comprovação do velho aforismo de que “Deus escreveu certo por linhas tortas”.

A Maioria dos espíritas assegura que na Umbanda só baixam Espíritos inferiores, ainda presos às superstições e práticas pagãs. Que dizeis?
Ramatis: Inúmeras vezes temos advertido que a presença de Espíritos inferiores não depende do gênero de trabalho mediúnico, nem do tipo da doutrina espiritualista, mas exclusivamente da conduta, do critério moral dos seus componentes e adeptos.
Juntamente com as falanges de Espíritos primários ou pagãos, também operam na Linha Branca de Umbanda Espíritos de elevada estirpe espiritual, confundidos entre Caboclos, Pretos-Velhos, Índios ou Negros, originários de varias tribos africanas. Porventura, Jesus não prometeu: “Quando dois ou mais reunirem-se em meu nome, ali eu também estarei”.
Ademais, em face da agressividade que atualmente impera no mundo pelo renascimento físico de Espíritos egressos do astral inferior para a carne, os trabalhos mediúnicos de Umbanda ajudam a atenuar a violência dessas entidades que se aglomeram sobre a crosta terráquea, tramando objetivos cruéis, satânicos e vingativos. As equipes de Caboclos, Índios e Pretos experimentados à superfície da Terra, constituem-se na corajosa defensiva em torno dos trabalhos mediúnicos de vários centros espíritas.
Sem duvida, conforme o pensamento dos kardecistas, o ideal seria doutrinar obsessores e esclarecer obsediados sem o uso da violência que, às vezes, adotam as falanges de Umbanda. Em geral, tanto a vitima como os algozes estão imantados pelo mesmo ódio do passado. E então é preciso segregar a entidade demasiadamente perversa, que ultrapassa até o seu direito de desforra, assim como no mundo não se deixa a fera circular livremente entre as criaturas humanas. Tanto aí na Terra como aqui no Espaço, o livre-arbítrio é tolhido, assim que o seu mau uso principia a ferir os direitos alheios.

Quais as deficiências atuais da Umbanda para ela enquadrar-se definitivamente no seu objetivo mediúnico e doutrinário?
Ramatis: Alhures, já explicarmos que a Umbanda ainda ressente-se de uma codificação ou seleção definitiva de seus valores autênticos, dependendo de estudos, pesquisas, debates, teses e simpósios entre os principais mentores, chefes e responsáveis por todos os Terreiros do Brasil. Também seria conveniente definir-se a posição da Umbanda, cada vez mais ocidentalizada pela penetração incessante de brancos, em contraste com os trabalhos tipo “Candomblé”, de culto deliberadamente primitivo e fetichista, fundamentado nas danças histéricas do mediunismo do negro africano.
Há de se fixar regras, cerimônias e métodos de trabalhos impreencindiveis à característica fundamental da Umbanda, como ambiente simpático à livre manifestação dos Pretos e Caboclos, mas dispensando-se tanto quanto possível o uso exagerado de apetrechos inúteis e até ridículos no serviço mediúnico e de  Magia. Justifica-se, também, a padronização das vestimentas dos cavalos e cambonos em sua cor branca, mas visando principalmente a higiene, a simplicidade, em vez da fascinação de paramentos eclesiásticos e que podem culminar na imprudência do luxo e do fausto...
... Finalmente, Umbanda pode ser aspiração ou manifestação religiosa de um estado evolutivo do vosso povo, mas perfeitamente compatível com o atual foro de civilização, sem as excentricidades dos batuques primitivos e da gritaria histérica até de madrugada. Não é prova de fidelidade nem demonstração de Espírito sacrificial, o homem participar de ritos e cantorias prolongadas que perturbam a vivencia comum dos demais seres, pois a Igreja Católica e o Protestantismo também praticam suas liturgias em horas e dias que jamais despertam protestos ou censuras.
Os negros africanos atravessavam a madrugada adentro condicionado aos ritos intermináveis e às danças histéricas, porque eles também dispunham totalmente do dia seguinte para a recuperação física através do sono prolongado. Mas o cidadão atual é um escravo do cronômetro e de mil obrigações diárias, que lhe exigem o repouso adequado para não malograr no sustento da família.
Trechos extraído do livro: Missão do Espiritismo – Psicografado por Hercílio Maes – Editora Freitas Bastos – Pelo Espírito de Ramatis.


AOS IRMÃOS UMBANDISTAS, ESCLARECEMOS
Umbanda – Uma religião cristã e brasileira
Vamos esclarecer a cristandade da Umbanda. Não somos católicos e nem kardecistas, mas aceitamos os Santos consagrados pelos católicos e os Mentores que militam no espiritismo, seus ensinamentos, mensagens e exemplos de vida. 
Marcos perguntou a Jesus: “Mestre; qual é a melhor das religiões para que possamos segui-la? Jesus respondeu: Aceite tudo o que é bom e rejeite tudo o que é mal. Eis a melhor das religiões”. É o que a Umbanda faz.
O umbandista é aquele, pois, que procura seguir os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, já que busca a vivência do seu Evangelho.
Por todo o mundo, existem religiões de matizes cristãs, fundamentadas no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Umbanda é mais uma das escolas cristãs espalhadas pelo mundo. Aceitamos Jesus incondicionalmente e procuramos, assim, nos integrarmos e interiorizarmos Seus ensinamentos em nossas mentes e em nossos corações, pois só assim conseguiremos nos elevar aos páramos da luz. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chega ao Pai, senão através de mim” (João 14, 6). A Umbanda não aceita a salvação do homem através do batismo pela água, mas sim pelo batismo da prática da palavra que Jesus nos deixou, o farol mais seguro para seguirmos e assim alcançarmos a felicidade plena.
Aceitamos a Jesus incondicionalmente, não como o único filho de Deus, mas sim, como nosso irmão amado, Mestre em sabedoria, Pai por carinho e Luz de nossas vidas, e Senhor pelo Seu amor. O Filho unigênito de Deus Pai é o Cristo que habitava Jesus.
Jesus para a Umbanda é o médium de Deus e o Mestre supremo, o grande luminar de toda a humanidade, pois veio nos trazer, por amor, a libertação através da palavra, dos ensinamentos e de Seus exemplos. Jesus é o governador do planeta Terra.
Aquele que está diuturnamente nos amparando, abençoando, irradiando amor, fé, perdão, bondade, caridade e paz. Jesus é o articulador da Umbanda para o plano terreno. A Umbanda existe atualmente, pela graça e a benção de Jesus, O Cristo de Deus.
De nada adianta ficarmos somente em oferendas, simpatias, despachos, descargas, passes; carregarmos patuás, guias; efetuarmos banhos de ervas, defumações, charutos; colocarmos uma roupa branca e somente ficarmos nos Terreiros cantando e dançando. Somente o dia que olharmos de fato para Jesus; aceitá-lo incondicionalmente em nossos corações e interiorizarmos Seus ensinamentos, conseguiremos praticar uma religião de verdade, onde todos se beneficiarão e encontrarão a tão procurada paz.
Devemos descer Jesus dos altares, integrá-Lo em nossas vidas, apresentando-O a todos, assim como fazem nossos Guias Espirituais. Vamos vivenciar Seus ensinamentos; vamos aplicá-los em nosso dia a dia, principalmente em nossa vida religiosa. E como fazer isso? Estudando, aceitando, vivenciando e propagando o Seu Santo Evangelho. “De nada adianta andar com Jesus no peito; queremos ver quem tem peito de andar com Jesus”.
O Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, em 1.908 nos exortou: “Os banhos de ervas, os amacis, as concentrações nos ambientes da Natureza, a par do ensinamento doutrinário contumaz, na base do Evangelho, constituem os principais elementos de preparação do médium. E são severos os testes que levam a considerar o médium apto a cumprir a sua missão mediúnica”.
A Umbanda baseia toda a sua doutrina nos ensinamentos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, procurando incitar seus adeptos ao estudo e aplicações dos ensinamentos proferidos pelo Cristo de Deus.
A Umbanda, como uma religião eclética, aceita em seus postulados tudo aquilo que já foi ensinado em questão de espiritualidade pelo mundo afora, desde que sejam conceitos firmados nas verdades eternas, com razão e bom senso, pois aceita como realidade, tudo aquilo que é feito por amor e para o bem. Mas, sua fé, seus postulados, suas leis, seus princípios básicos, sua finalidades são cristãs, baseados nos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Às vezes, a Umbanda utiliza recursos da magia planetária como uma alavanca para levantar a quem ela procura, mas sua síntese de fé baseia-se, tão somente, na Reforma Íntima tão necessária à evolução humana. A Umbanda, religião sem mistérios, prega que o homem deve conhecer a verdade a fim de se libertar das amarras da matéria. A Umbanda aceita os ensinamentos de Jesus como o caminho para se chegar ao Pai. A Umbanda aceita Jesus como a Luz do mundo. A Umbanda aceita Jesus como o pão da vida. A Umbanda ama ao próximo. A Umbanda é perdão.
Temos a Umbanda como seguidora, sustentadora e aplicadora dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, o pilar mestre da nossa religiosidade; respeitamos, mas não aceitamos o cristianismo como é ensinado e praticado por muitos religiosos.
Temos a nossa maneira de entender e praticar os ensinamentos de Jesus. A Umbanda realiza o Divino propósito de ensinar a existência de um Deus único, mas que se irradia através de Suas Emanações (Orixás), para todos e por todos. A Umbanda não dissocia Deus do homem, mas sim, Integra-o, tornando-nos Um com o Pai. A Umbanda prega a verdade da vida, conscientizando-nos de que todos são irmãos perante Deus, e que tudo o que fizermos, estaremos fazendo ao Pai. A verdade é Cristo atuando em nós. 
Se ainda somos escravos das inferioridades conhecidas, e que são a causa das nossas desgraças, das dores, dos sofrimentos, das doenças. Tratemos, hoje mesmo, de por em movimento o trabalho de nossa recuperação através de um treino diário de mentalização para o bem; pela manhã, ao levantar, e à noite, ao deitar.
A realidade evangélica é chamada a fazer luz em nosso entendimento, para que a nossa razão seja despertada para o movimento da magia positiva em nossa consciência. Sem esse desejo veemente não alcançaremos aquela paz que nos falta e de que o Mestre nos falou.
Sigam as orientações dadas pelos Guias Espirituais, transformando suas vidas, pois só assim conseguiremos reatar a amizade com a paz, a saúde, a união, a fraternidade, a fim de entendermos realmente o que seja a verdade da vida.
Para termos noção do que é ser cristão, Emmanuel formulou um programa a ser seguido: UMBANDA E O EVANGELHO.

Como é o Desenvolvimento do Médium Umbandista?



Embora essa questão seja bastante específica e a resposta varie de terreiro para terreiro, aliás, como a maioria das questões, explanarei alguns pontos que julgo importantes.
Em primeiro lugar é fundamental uma avaliação do médium com relação a Umbanda e suas próprias aspirações. É fundamental que o médium esteja absolutamente certo de que é isso que deseja para si, para sua vida. Que entende a Umbanda como uma forma de evoluir espiritualmente e não de resolver seus problemas materiais.
Em segundo lugar vem a Casa que ele escolhe para realizar esse empreendimento. A Casa deve estar o mais próximo possível do que o médium entende, acredita e deseja para si. É fundamental que seja uma Casa séria e comprometida com a Caridade, ou seja, que seja realmente de Umbanda. 
As diferentes ritualísticas da Umbanda servem exatamente para atingir as diversas aspirações.
O médium deve, portanto, escolher com muito cuidado a Casa que irá tornar sua, pois ela deverá ser o sustentáculo físico, a provedora de oportunidades para a consecução dos objetivos de caridade, fraternidade e evolução, pois o sustentáculo espiritual é a própria Umbanda.
Freqüentar a assistência assiduamente, observar, envolver-se, estudar… até ter certeza de que ali é o seu lugar.
Cada Casa tem um critério para ingresso na corrente mediúnica, procure saber qual é.
Ao ingressar para corrente, deverá seguir as orientações recebidas pelo dirigente ou pessoas a sua ordem.
Entender que não será apenas umbandista dos portões para dentro do terreiro, mas sim de coração, corpo e alma. Deverá dedicar-se, educar-se, doutrinar-se sempre segundo as orientações recebidas pelo dirigente. A sua conduta moral deverá ser constantemente vigiada, deverá lembrar-se que ao apresentar-se como umbandista fora do terreiro, terá a obrigação de honrar esse nome.
Participar de todas as sessões abertas aos médiuns novos, estudar com afinco e buscar sempremelhorar seus pensamentosdesejos e vontades. Buscar constantemente evoluir, para assim poder preparar o seu corpo e mente para ser um bom instrumento de entidades e guias que estão num patamar evolutivo muito superior ao nosso.
Buscar tudo isso irá facilitar a incorporação das entidades. Entregar-se de corpo e alma verdadeiramente. Não sentir medo, não querer correr.
É fundamental lembrar que é um momento de adaptação, onde tanto médium quanto entidade estarão se adaptando. Não pode haver pressa, pois “A pressa é inimiga da compreensão“.
Agora, se você deseja saber em quanto tempo você estará incorporando, dando passes e consultas, eu respondo que só dependerá de você, da sua dedicação, empenho e preparo, seguindo sempre as orientações do dirigente da sua Casa, ou seja, da Casa que você escolheu.
Estude, pense e reflita...
Salve a sua Banda.
Deus Seja Louvado. Para Sempre Seja Louvado.