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•A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bo
Obrigado, meu Deus, pela fé que me sustenta, Pelos amigos que fiz E continuo fazendo. Obrigado, meu Deus, Pelas bençãos de Ogum, Pela proteção de Iemanjá, pelo amor de Oxum. Obrigado, meu Deus, Pela força de Iansã, Pela retidão de Xangô, Pelo colo de Nanã. Obrigado, meu Deus, Pelo equilíbrio de Oxosse, Pelas curas de Omulu, pelas cores de Oxumarê. Obrigado, meu Deus, Pelas folhas de Ossãe, Pelas Crianças que enchem de alegria nossos Terreiros, Pela amizade dos Boiadeiros. Obrigado meu Deus, Pela humildade dos Pretos-Velhos, Pelas Almas Santas e Benditas, Pela cumplicidade de Exu e Pomba Gira. Obrigado, meu Deus, por fazer de mim um instrumento da Tua vitória. Até aqui o Senhor me ajudou! Deus salve a Umbanda!
Ney Rodrigues
RADIO C.E.A.B.
domingo, 15 de janeiro de 2012
OLHA A CORRENTE ,GENTE! VAMOS CONCENTRAR!
OLHA A CORRENTE ,GENTE! VAMOS CONCENTRAR!
Se você é médium freqüentador de algum
terreiro, já deve ter pelo menos ouvido alguém dizer:
-"Olha a corrente, gente ! Vamos concentrar"!
Você sabe realmente o que isso quer dizer? Muita gente (até as
que falam) não sabe!
O que é essa tal de "corrente"?
Será uma corrente de ferro ou
de fibras que se forma no invisível?
Será uma corrente que vai prender
os espíritos?
Será? Será?
Na verdade, quando um dirigente (quando bem preparado)
chama a atenção para a "corrente" é porque ele sentiu uma queda ou
diminuição na energia ambiental (EGRÉGORA) que deve ser mantida
pelos médiuns em um potencial elevado, de forma a manter os
trabalhos em nível adequado, até mesmo por uma questão de autopreservação.
Essa questão da "corrente" ou egrégora é tão importante que
vamos nos aprofundar um pouco mais no assunto para que você possa
perceber, se orientar e orientar a outros.
Vou tomar como exemplo uma gira de Umbanda, mas advirto
que você pode adaptar minhas explicações para entender práticas
espirituais, inclusive das Igrejas Evangélicas que fazem curas etc.
Vamos considerar um grupo de 10 pessoas e partir do princípio
de que TODAS ESTÃO UNIDAS POR UM MESMO IDEAL.
Isso é a base de tudo !
Criada a egrégora como já vimos antes (pela união dos pensamentos
direcionadas aos mesmos fins), cada vez mais energias de
mesma sintonia são atraídas para o ambiente. Essas energias somadas
atuam imediatamente nas pessoas que ali estão e em alguns casos, se
for bem forte já começam a operar alguns "milagres", desde que as
pessoas estejam em estado de recepção (concentradas no ritual e
ansiando por receberem um bem).
As entidades (aí eu já estou falando de seres espirituais) afins penetram e até são atraídas para o interior.
Entidades inferiores tendem a ser barradas por uma força invisível (a
energia) que a princípio é incompatível com suas vibrações (isso se
tudo estiver "correndo bem").
Se uma entidade inferior for atraída para dentro da egrégora,
ela fica de certa forma subjugada pela força desta e desse modo se
consegue lhes dar um melhor encaminhamento para outros planos
espirituais.
As entidades afins usam parte dessa energia para auxiliar os
que ali estão na medida de suas possibilidades.
A técnica usada nos terreiros de Umbanda e Candomblé para
formar a egrégora inicial (quando os grupos são bem dirigidos) está
baseada nos rituais de "abertura".
Já nas Igrejas Evangélicas e outras, consiste basicamente nas pregações, que fazem com que os adeptos se concentrem ou dirijam seus pensamentos de acordo com a "pregação".
Se você for um estudioso e não carregar preconceitos, notará
que nessas "pregações" há sempre um direcionamento do raciocínio
dos ouvintes de forma a fazê-los pensar positivamente e
acreditarem firmemente na possibilidade de alcançarem os bens
que foram procu-rar. Nesse momento, embora nem saibam às
vezes, estão gerando a egrégora.
Fazer com que a assistência participe ativamente, pensando
positivamente, deve ser parte obrigatória de TODAS as giras de Umbanda.
Essa no entanto é uma prática esquecida e o que vemos em
muitos terreiros é uma assistência quase que sempre alheia, só
participando em alguns momentos, de preferência quando vêm de encontro ao que lhes interessa.
Dessa egrégora, como já disse, são retiradas as energias para a
realização dos trabalhos, o que vale dizer que se essa energia não for
forte o suficiente, o mínimo que pode acontecer é acontecer nada.
Por outro lado, se a corrente ou egrégora das "giras" não for
suficiente, várias complicações podem acontecer com o passar do
tempo, sendo que, o(a) dirigente, por ser o centro maior das atenções e
para quem convergem as maiores quantidades de energia ali geradas e
mesmo as trazidas pelos assistentes, é quem sofre, por assim dizer, as
maiores conseqüências dos trabalhos realizados sem a devida segurança.
Veja abaixo alguns tipos de complicações que podem ocorrer.
Complicações que podem ocorrer ainda dentro da sessão:
a) Médium dirigente e/ou médiuns auxiliares não conectados
positivamente com suas entidades de guarda o que pode provocar de imediato incorporações insatisfatórias, e insegurança.
b) Perturbações por intromissão de entidades do Baixo Astral
que encontram entrada fácil nesses casos.
c) Problemas com médiuns e/ou assistência com relação até
mesmo à integridade física, pois não é raro em sessões dessa
natureza, haverem manifestações turbulentas de entidades
descontroladas e médiuns idem.
d) Cansaço físico de dirigente e médiuns ao final dos trabalhos
pela perda energética sofrida. O normal é que quando
se encerram os trabalhos, todo os médiuns se sintam em
perfeitas condições físicas e, não se tratando de trabalhos de
descarga e desobsessão, é normal até que saiam sentindo-se
melhor do que quando chegaram, justamente porque conseguiram
atrair uma grande quantidade de energia positiva da
qual todos poderão desfrutar.
Observação:
Existem mais situações que podem acontecer, mas
vamos ficando por aqui pois só as citadas já darão como
conseqüências as que vêm após.
Complicações que podem ocorrer com a continuidade dos
problemas:
a) Enfraquecimento crescente dos contatos entidade/médium.
b) Corpo mediúnico cada vez mais inseguro.
c) Dificuldades crescentes para a realização de trabalhos.
d) Problemas começam a surgir na vida material de todos.
e) Discórdias entre o grupo começam a gerar desentendimentos
maiores.
f) Formam-se grupos dentro do grupo dividindo a energia ao
invés de somá-la.
g) Doenças e dificuldades começam a aparecer.
h) Como os contatos espírito/médium já não são tão positivos,
torna-se difícil ou impossível a solução de problemas que
antes eram nada (aí, não raramente começam a se consultar
em outros lugares).
i) Para sintetizar: Todos serão altamente prejudicados por seus
próprios atos e desunião e, como ocorre normalmente, ao
final ELEGERÃO SEMPRE UM CULPADO - ou o
dirigente ou a própria Umbanda (no nosso caso).
Ainda sobre a egrégora de terreiros de Umbanda, é preciso que
se explique que ela, além de ser formada e nutrida com a energia
gerada em cada reunião, também é favorecida pelas "firmezas" ou
"assentamentos" que devem ser tratados, reforçados e respeitados.
Mais uma explicação.
Assentamento, como muitos podem crer, não é prática exclusiva
das religiões Afro. Até mesmo elas "importaram" essa prática de
Seitas e Religiões muito mais antigas.
Se os assentamentos estiverem bem "sintonizados" com as
energias e entidades para os quais foram dirigidos, sabendo o/a dirigente
acioná-los, eles serão de grande importância (caso contrário
serão meros ocupantes de lugar) pois poderão trazer para o ambiente
essas energias e entidades que beneficiarão sobremaneira a realização
de trabalhos positivos.
Para resumir e ficar bem entendido, observe o seguinte:
a) Energia positiva atrai energia positiva (o oposto também vale).
b) Pensamentos (que geram energia) positivos atraem energias e fatos
positivos (ou negativos...).
c) Medo, insegurança e discórdias quebram a rotina da criação e da
ação de energias positivas.
d) Fé (certeza, convicção) provoca sempre a criação de energia e,
quanto maior for, maior será a ação dessa energia.
e) Egrégoras são energias que podem ser geradas e fortalecidas a cada
dia. Se elas serão positivas ou negativas, dependerá de quem as
criará.
f) Egrégoras (se positivas) são de utilidade total em qualquer reunião
para trabalhos mediúnicos. Quanto mais fortes, maior o auxílio que
podem prestar.
g) Egrégoras formam-se até mesmo em sua casa, seu ambiente de
trabalho etc. Só que nesses casos, como não costuma haver um
direcionamento das energias que a formarão (a não ser em poucos
casos) elas correm o risco de serem negativas.
h) Grupos desunidos, por mais forte que queira parecer o dirigente,
estarão sempre a um passo da derrota em função de não conseguirem
gerar o ambiente propício para a presença de verdadeiros
Espíritos Guias.
i) A disciplina e a união em torno de objetivos comuns são parte
sólida da base que construirá o verdadeiro Templo - aquele onde
comparecerão sempre os verdadeiros Amigos Espirituais.
do livro:Umbanda Sem Medo I
Claudio Zeus
PENSAMENTO ERRADO
PENSAMENTOS ERRADOS
Macumba, macumbeiro, encosto, olho gordo, mal olhado, mandinga, etc, etc, etc. São tantas as palavras para designar as más energias... e as boas energias? Não se fala Boacumba, bomcumbeiro, olho magro, bom olhado, boandinga... Essas eu realmente não ouvi.
Afinal, é muito mais fácil acreditar que não temos erros e que a culpa é do encosto.
- Não tenho emprego, meu "chefe me persegue", minha mulher é uma bruxa, sou bêbado, os caminhos estão fechados (essa todo umbandista já ouviu). Tudo isso é culpa do tal encosto.
Poderosos esses encostos...
Nós esquecemos do nosso livre arbítrio. Esquecemos que somos imperfeitos. Esquecemos que erramos, Esquecemos que estamos vivos para aprender, crescer em direção ao Criador. Esquecemos que podemos errar. "Errar é humano". Colocar a culpa "nos outros" é feio...
Certamente existem os trabalhos feitos. As famosas macumbas - diga-se de passagem, macumba ê um instrumento musical - são simplesmente "bombas" energéticas endereçadas e programadas para estourar para quem desejamos o mal.
Despachos, galinhas pretas, nome na boca do sapo, fitas amarradas nas vísceras de alguns animais. A imaginação desses "pais-de-encosto" é fértil! Haja criatividade, tempo e pessoas incautas que se prestam a pagar por esse tipo de "trabalho forte".
Esquecem-se que a maior magia vem do coração, da alma, do pensamento. Magia é fazer orações para alguém parar de beber. É clamar por melhores condições no emprego (e claro, trabalhar também), é tentar convencer de que algo è melhor ou pior.
A magia está no pensamento, a nossa vontade.
A pior "macumba" é aquele pensamento fixo em prejudicar alguém. Muito mais forte que qualquer trabalho encomendado.
Outro dia, um preto velho, com seu jeito inerente a todo preto-velho, apenas disse:
"Filho, cada pensamento ruim contra alguém, é como se fosse um pedaço de carvão que você pega e tenta atirar num pano limpo, que está colocado longe de você. Ao terminar de atirar várias pedras de carvão, você vai estar mais sujo que o pano."
Em outra ocasião perguntaram a ele se macumba pegava. A resposta: "Se o pano estiver muito próximo de quem está atirando o carvão, então mais sujo ele vai ficar.. .*' Acho que essas palavras simples e sábias podem esclarecer o que devemos fazer para ficarmos imunes às energias de baixa freqüência.
Devemos deixar o "pano" longe do carvão. Elevar nossos pensamentos, permanecer ligados ao Grande Mestre. Reconhecer nossas limitações e tentar eliminá-las. Viver na alegria. Cantar em dias ensolarados. Correr na chuva. Rir, abraçar, beijar, sentir saudades, comemorar, sentar na praia, conversar com os amigos. Fazendo isso, estamos fazendo um trabalho forte. Um trabalho FORTE (com letras maiúsculas). Fechando nosso corpo das "macumbas". Quebrando trabalho de feitiçaria "braba"!
Simples não?
MEDIUNIDADE É COISA SANTA
MEDIUNIDADE É COISA SANTA
O mediunismo é um campo de trabalho onde podem florescer, sob a inspiração de Jesus, as mais sublimes expressões de fraternidade. Traço de união entre a Terra e o Céu, por ele cultivará o homem bem intencionado o sentimento do bem e da legítima solidariedade.
O Evangelho será, agora e sempre, a base da prática mediúnica.
Quanto mais espiriitualizado o médium e mais cônscio de sua responsabilidade ante a tarefa sagrada que o Pai Celestial lhe concede, mais rico em possibilidades de engrandecimento da própria alma e de benefício aos desalentados do caminho evolutivo.
Daí a necessidade de o medianeiro afeiçoar-se, primordialmente, a um programa de auto-renovação, a fim de que mais eficientemente possa ajudar a si mesmo e aos outros.
O mediunismo não é simples acidente na vida humana, mas, sem dúvida, programação superior com vistas à redenção de todas as criaturas.
O médium que executa com fidelidade o seu programa de trabalho é feliz viajor que espalha com abundância, nas estradas do próprio destino, a semente dadivosa do amor, que, amanhã, aqui ou em qualquer parte, lhe responderá em forma de flores e frutos.
O serviço mediúnico beneficia não só a encarnados e desencarnados, oferecendo-lhes oportunidades de trabalho, como também ao próprio médium, pelas conseqüências advindas do seu devotamento e da sua perseverança.
O “médium bom”, pela sua dedicação, constrói no Plano Espiritual Superior preciosos amigos que, a qualquer tempo e em qualquer lugar, lhe serão admiráveis companheiros e instrutores.
Através da prática mediúnica ajudamos o esclarecimento daqueles que se preparam, no Espaço, para o retorno à vida física, pela reencarnação. São freqüentes as comunicações em que os Espíritos, depois de agradecerem o amparo recebido, despedem-se comovidos, sob aviso de que “vão reencarnar”, o que evidencia a utilidade da boa prática mediúnica. Encarnados e desencarnados, empenhados no esforço comum de libertação das teias da ignorância, geradora do sofrimento, recebem igualmente, dos núcleos mediúnicos cristãos, valioso auxílio ao próprio reajuste.
Os grandes Instrutores da Espiritualidade utilizam-se dos médiuns para a transmissão de mensagens edificantes, enriquecendo o Mundo com novas revelações, conselhos e exortações que favorecem a definitiva integração a programas emancipadores. Tudo isso pode o mediunismo conseguir se o pensamento de Nosso Senhor, repleto de fraternidade e sabedoria, for à bússola de todas as realizações. Não são imprescindíveis, a rigor, valores intelectuais avantajados, os quais, aliás, quando divorciados do sentimento ou mal governados, podem conduzir à presunção e à vaidade.
Para o trabalho iluminativo, onde o Bem se expresse na forma de consolação e auxílio, o que menos importa são as posses materiais.
Jesus estará sempre em qualquer lugar onde se exalte o Bem e a Sabedoria. E não podia deixar de ser assim, uma vez que o Suave Amigo nos afirmou, incisiva e categoricamente:
– “Onde estiverem reunidas duas ou três pessoas em meu nome, eu estarei no meio delas.”
"Mediunidade é coisa Santa e por isso devemos vivê-la Santamente"
do livro: Estudando a Mediunidade
de Martins Peralva.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Por que meus pedidos na Umbanda não são atendidos?
Por que meus pedidos na Umbanda não são atendidos?
O viver nos ensina que nem todos os problemas podem ser resolvidos, mas podem ser compreendidos, e podemos receber amparo, por isso procuramos explicações que necessitam ser mais profundas. Mas sempre dentro do merecimento de cada um.
Reconhecemos uma hierarquia dos espíritos, reconhecemos que alguns problemas que se nos apresentam tem origem kármica e, portanto não podem ser “resolvidos” rapidamente, sendo exigido um tempo para sua expiação. E não adianta ficarmos batendo pé, exigindo dos Orixás, guias ou entidades “solução imediata”. Guia nenhum, enviado de Orixá nenhum se apresenta em terreiro nenhum para “resolver nossos problemas materiais.” Tudo tem seu tempo e sua hora dentro do merecimento de cada um. Devemos pedir resignação e força para enfrentar as nossas dificuldades e principalmente auxílio para sermos merecedores da graça que buscamos.
Compreendemos também, que temos amigos no além-túmulo, que se têm condições de ajudar, ajudam, os quais denominamos guias, trabalhando por nós em outras esperas de atividades.
Dentro do campo das possibilidades kármicas, esclarecer ou ajudar na solução de problemas pessoais, através de mentalização clara e persistente, ou seja, é fundamental que se compreenda que um Templo Umbandista não é uma Tenda de Milagres, aonde chegamos e todos os nossos problemas materiais serão resolvidos.
Um Templo Umbandista é o local para recarregarmos nossas “baterias”, renovamos a nossa fé em Zambi (Deus) e através da caridade pura evoluímos como seres humanos alcançando assim serenidade para enfrentarmos o nosso dia-a-dia.
Em resumo, as funções dos guias, mentores e protetores de Umbanda são de amparo, esclarecimento, orientação... a decisão e solução são nossas.
Compreendemos também que existe forte tendência do ser humano, de maneira geral, em quando submetidos a uma situação frustrante ou de fracasso, atribuir a causas externas a sua pessoa esse fracasso, e quando submetidos a situações prazerosas atribuir a si mesmo, as suas qualidades pessoais.
Exemplo disto: invariavelmente quando somos demitidos do nosso emprego, atribuímos a uma perseguição, muitas vezes autêntica do nosso chefe e nunca a nossa incompetência. Nem aventamos a hipótese de estarmos sendo “perseguidos” por que somos incompetentes, mas o nosso chefe é que é um chato, ou “não vai com a nossa cara”. Em contrapartida se somos promovidos, nunca é porque o chefe é bonzinho, ou porque é um bom chefe, atento aos méritos dos funcionários, mas sim porque somos competentíssimos (e só um “cego” não “veria” essa competência toda), e essa promoção era mais do que merecida.
Assim as pessoas agem quando chegam aos terreiros de Umbanda. Se não têm os seus pedidos atendidos de pronto, é porque o dirigente não é bom, porque o terreiro é fraco, ou porque a Umbanda não é de nada. Nunca lhes passa pela cabeça que primeiro precisam merecer alcançar determinada graça, ou que seja um processo kármico evolutivo pelo qual estejam passando para seu próprio aprendizado.
Não meus amigos, infelizmente isso não acontece, e sabem por quê? Porque muitos resolvem ser umbandistas por medo, ou para que sua vida material melhore. Cabe mudar esse primeiro conceito. Mudar a mentalidade dos médiuns umbandistas, e aí sim mudar a mentalidade da assistência.
A Umbanda evoluiu, esse tipo de papel não cabe mais nela. O estudo constante é fundamental. As entidades que militam na seara umbandista estão cada vez mais evoluídas e esclarecidas e tem importante papel dentro da espiritualidade.
Fonte: Livro: Umbanda - Mitos e Realidade
Os que desencarnam na Umbanda
Os que desencarnam na Umbanda
Quando desencarna uma pessoa filiada à Linha Branca de Umbanda, as atenções dispensadas ao seu organismo físico passam a ser consagradas ao seu espírito.
Logo que se verifica a fatalidade irremediável do próximo trespasse, os protetores, os companheiros de trabalho e as famílias, com habilidade, começam a preparar o enfermo para a mudança de plano, para que a morte do seu corpo ocorra sem abalo para o seu espírito.
Nas horas da agonia, os seus amigos da Terra, com a concentração e as preces, e os do espaço, por outros meios, procuram suavizar-lhe o sofrimento, depois, quando o espírito se desprende, as entidades espirituais que assistiam ao doente agem no sentido de que esse desprendimento seja completo, para que a alma liberta não se ressinta da decomposição da matéria em que viveu. Acolhem-no depois, carinhosamente, no espaço, empenhando-se para atenuar-lhe a perturbação e encaminhando-o, aos destinos que lhe estavam traçados.
Certas pessoas cometeram faltas que os seus serviços ao próximo, por intermédio da Linha Branca de Umbanda, não compensaram suficientemente. Devem, por isso, sofrer no espaço. Nessa hipótese, os protetores da Tenda, a que eles pertenceram na Terra, conseguem, para resgate dessas culpas, que tais espíritos, ao invés de padecerem errando no plano espiritual mais próximo do da Terra, purifiquem-se em missões ásperas, obscuramente laborando, sob as ordens de outros.
Casos há em que tais protetores trazem as sessões para que esclareçam e orientem os seus herdeiros sobre os seus negócios, ou legados, espíritos de pessoas que não os explicaram, ou deixaram obscuro, ou embrulhado, quando desencarnaram.
Os grandes trabalhadores humanos da Linha, quando desencarnam, ainda que tenham de afastar-se de nossa atmosfera, voltam, uma ou mais vezes, em manifestações carinhosas, às Tendas de seus companheiros.
Fonte: Livro: O Espiritismo, A Magia e as Sete Linhas de Umbanda
domingo, 8 de janeiro de 2012
Os verdadeiros Templos de Umbanda
Os verdadeiros Templos de Umbanda
Podemos definir a Umbanda Sagrada como a “Manifestação do espírito para a prática da caridade pura, e em todas as suas formas”. Portanto, por essa definição visualizamos o verdadeiro sentido dessa religião. Os verdadeiros Templos de Umbanda são aqueles :
• Onde se fala em Deus;
• Onde se prega a palavra e os ensinamentos de Jesus Cristo;
• Onde se fala da Filosofia e Doutrina Espírita ditada por Allan Kardec;
• Onde se pratica a Caridade;
• Onde não há cobrança, pois espíritos não precisam de dinheiro;
• Onde não há matança de animais, pois matar animais, que são filhos de Deus, não é fazer caridade e, matar um animal, perante Deus, é como matar qualquer ser humano;
• Onde se prega a Fé;
• Onde se prega o Amor;
• Onde se prega o Conhecimento;
• Onde se prega a Justiça;
• Onde se prega a Lei;
• Onde se prega a Evolução;
• Onde se prega a Vida.
Locais onde não se fala em Deus, Kardec, Jesus, onde há cobrança e matança de animais e onde são feitas coisas sem devido conhecimento, através da superstição, colocando o medo nas pessoas que frequentam, esses locais não são Umbanda. Esses locais por terem as piores qualidades de pessoas e espíritos(já que semelhante atrai semelhante), devem ser evitados, com o risco de se ter, através das leis espirituais da “ação e reação” e do “Karma”, sérios danos às pessoas, não só no aspecto Financeiro, como Moral e Espiritual.
O Umbandista e a Vaidade
O Umbandista e a Vaidade
A falta de união entre os terreiros de Umbanda está relacionada à vaidade e ao egocentrismo de determinados dirigentes umbandistas. A vaidade é como um veneno que contamina a alma do indivíduo. É um entorpecente letal que, se não for cuidado em tempo, levará o sujeito a um desfecho completamente irreversível. Essa mesma vaidade é ainda um mal que destrói a verdadeira missão da Umbanda: a Caridade!
Normalmente, a vaidade começa com um pequeno elogio: "Nossa, Fulano trabalha bem naquele terreiro!" ou " Fulano tem um 'Guia' muito forti..."
Enquanto elogios desse tipo não chegam aos ouvidos do Fulano, tudo anda bem. Porém, a coisa começa a degringolar quando tais palavras alcançam o desavisado. É realmente um veneno, mas só se o alvo deixar entrar em sua corrente sanguínea. Aí, não tem jeito...
O Fulano, movido pela vaidade, passa a se achar o bambambam da Religião. Acredita que só ele é quem detém as chaves dos mistérios umbandistas. Só ele tem a melhor incorporação: a mais forti. Pensa que só o seu cabocro é quem tem o poder de desfazer todas as demandas; só o seu inxum é quem é o Cabra mais poderoso; só o seu preto-velho é o mais iluminado. Tudo isso toma uma proporção maior ainda quando o Fulano é o "dono" do Terreiro onde ele diz que pratica a Caridade.
Contaminado pelo veneno da vaidade, o Fulano passa a desfazer dos outros "terreirinhos" ao redor. Acredita que só o dele é que tem os verdadeiros e únicos fundamentos da Religião; só o dele é que segue o verdadeiro ritual; só o dele é que tem a raiz mais profunda; só os seus antepassados é que praticavam a "verdadeira" Umbanda... Tudo isso é triste... Mas, aliado à vaidade, surge o egocentrismo de certos dirigentes.
Do alto do ilusório pedestal, o Fulano passa a ser o Senhor das Duas Torres (acho que já vi esse filme...): a vaidade e o orgulho! O Terreiro passa a ser uma extensão de si mesmo. Toda a sua vaidade e o seu ego inchado refletem no terreiro que ele comanda... O ritual já não tem a simplicidade do início. Suas vestes já não são mais tão simples como quando despertou o primeiro amor pela religião... Até os médiuns mais novos alimentam um certo orgulho de pertencerem ao "melhor" centro de Umbanda. Já não vêem com bons olhos os trabalhos realizados pelos mesmos Guias de sua casa no Terreiro vizinho. Acreditam que os médiuns do terreirinho da esquina estão mistificando e que os Guias de lá, não são Guias.
Egocêntrico, vaidoso e cada vez mais alienado das novidades da Religião e do crescimento de outras casas, o Fulano embebeda a todos com sua filosofia sem fundamentos do que é a verdadeira Umbanda... Despeja uma infinidade de pedras nas casas alheias; passa a criticar as atitudes dos outros pais de santo, dos outros chefes de terreiro; diminui o trabalho dos novos umbandistas (ainda mais se esses abrem um novo terreiro para a prática simples da caridade...); inicia a apresentação de um ritual rebuscado, cheio de inovações, poluído de mundanismo; ofuscante de tanto brilho e de tanta pompa.
Ora, se tais desvios de comportamento e de conduta ficassem restritos ao seu terreiro, seria bom... O problema fica pior quando o terreirinho da esquina, aquele que foi tão humilhado e execrado, aquele que conservava uma simplicidade sem par, o mesmo que era tão humilde e simples, se envereda pelo mesmo caminho do "Majestoso" e passa a disputar as atenções do público...
Bem, não é necessário enumerar e explanar sobre as mesmas atitudes do outro terreiro. Todas os atos e pensamentos são idênticos! Como se esse estivesse contaminado pelo mesmo vírus, ou pelo mesmo veneno. Seria redundância falar sobre o que o agora nada-humilde terreiro faz "em nome da caridade".
A união é impossível diante de quadros como esses...
Como unir dois potentes vaidosos e egocêntricos? Quem brilhará mais? Qual dos dois irá deter o título de "melhor"? Qual deles tem a raiz da Umbanda?
Onde houver vaidade, não subsistirá a Caridade
Importa viver a mensagem!
Importa viver a mensagem!
O Dirigente de um templo de Umbanda (tbm chamado de Terreiro) decidiu observar as pessoas que entravam para orar. Sim, àquele templo era diferente, não abria somente nos dias de reunião ou gira como os umbandistas chamam.
O Dirigente, assim como os filhos de fé entendiam que podiam ofereçer algo mais...
Algo mais do que só acreditar que a transformação acontece se os atabaques tocarem, se os guias baixarem, com dia e hora marcada...
A porta se abriu e um homem de camisa esfarrapada adentrou. O homem se ajoelhou, inclinou a cabeça, levantou-se e foi embora.
Nos dias seguintes, sempre ao meio-dia, a mesma cena se repetia. Cada vez que se ajoelhava por alguns instantes, deixava de lado uma marmita.
A curiosidade do Dirigente crescia e também o receio de que fosse um assaltante, então decidiu aproximar-se e perguntar o que fazia ali.
O velho homem disse que trabalhava numa fábrica, num outro bairro da cidade e que se chamava José.
Disse que o almoço havia sido há meia hora atrás e que reservava o tempo restante para orar, que ficava apenas alguns momentos porque a fábrica era longe dali.
E disse a oração que fazia:
'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar, mas eu penso em você todos os dias. Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.'
O Dirigente, um tanto aturdido, disse que ele seria sempre bem-vindo e que viesse ao terreiro sempre que desejasse.
'É hora de ir' - disse José sorrindo.
Agradeceu e dirigiu-se apressadamente para a porta.
O Dirigente ajoelhou-se diante do altar, de um modo como nunca havia feito antes. Teve então, um lindo encontro com Jesus.
Enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, ele repetiu a oração do velho homem...
'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar mas penso em você todos os dias. Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.'
Certo dia, o Dirigente notou que José não havia aparecido.
Percebendo que sua ausência se estendeu pelos dias seguintes, começou a ficar preocupado. Foi à fábrica perguntar por ele e descobriu que estava enfermo.
Durante a semana em que José esteve no hospital, a rotina da enfermaria mudou. Sua alegria era contagiante.
A chefe das enfermeiras, contudo, não pôde entender porque um homem tão simpático como José não recebia flores, telefonemas, cartões de amigos, parentes... Nada!
Ao encontrá-lo, o Dirigente colocou-se ao lado de sua cama (Ele era mesmo um Dirigente Umbandista diferente, não era daqueles que se contentavam em ficar sentados na cadeira de "Painho" esperando os "desesperados" aparecerem).
Foi quando José ouviu o comentário da enfermeira:
- Nenhum amigo veio pra mostrar que se importa com ele. Ele não deve ter ninguém com quem contar!!
Parecendo surpreso, o velho virou-se para o Dirigente e disse com um largo sorriso:
- A enfermeira está enganada, ela não sabe, mas desde que estou aqui, sempre ao meio-dia ELE VEM! Um querido amigo meu, que se senta bem junto a mim, Ele segura minha mão, inclina-se em minha direção e diz:
'Eu vim só pra lhe dizer quão feliz eu sou desde que nos tornamos amigos. Gosto de ouvir sua oração e penso em você todos os dias. Agora sou eu quem o está observando.. . e cuidando! '
Jesus disse: 'Se vós tendes vergonha de mim, também me envergonharei de vós diante do meu Pai.'
Assim como o Dirigente umbandista não teve vergonha de reconhecer que ainda não havia alcançado tamanha humildade como a de José, ainda que amasse de todo seu coração aos Orixás, aos Guias e a Jesus.
E se você não está envergonhado, nem de Jesus, nem dos Orixás, nem de amar sem se importar com a bandeira, cor de pele, opção sexual do outro, passe essa mensagem adiante.
Jesus é sempre o seu melhor amigo.
Os Orixás são sempre os seus melhores amigos.
Buda é sempre o melhor amigo.
Krishna é sempre o melhor amigo.
Allah é sempre o melhor amigo.
O Grande Espirito é sempre seu melhor amigo.
O Todo é sempre o melhor amigo.
Você é sempre o melhor amigo.
SORRIA, VOCÊ É AMADO (A)! TENHA UM LINDO DIA!
Ps: Propositalmente mudei o contexto da mensagem, não por favoritismo, mas por saber que há Dirigentes umbandistas que de fato não ficam tal e qual "Painhos", mas que colocam seu amor em ação, nem que seja num mínimo gesto, como o de visitar alguém num hospital, entreter crianças num orfanato, ouvir pacientemente idosos num asilo, distribuir pratos de sopa aos necesistados.
Enfim que compreenderam a mensagem, independente da embalagem, muito além dos discursos...
Paz e Luz!
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
CONVERSANDO SOBRE A UMBANDA
CONVERSANDO SOBRE A UMBANDA
(Autor desconhecido)
Umbanda é prática da Caridade. Mas Caridade não é colocar as pessoas no colo e resolver os problemas delas. Caridade não é apenas consolar, mas também Esclarecer.
E a Umbanda para isso, coloca inúmeras ferramentas energéticas, magísticas, espirituais e conscienciais a nossa disposição. Nós umbandistas temos o dever de repassar essas ferramentas, de fazer com que não apenas os médiuns e integrantes da corrente conheçam as “mirongas de Umbanda”, mas de forma simples e prática, devemos também repassá-las para que a assistência para que ela também se beneficie, quebrando sua dependência em relação aos guias.
Umbanda é Esclarecimento. Pois ela também nos Esclarece em relação ao mundo espiritual, as leis karmicas, de afinidades, a respeito dos Orixás e da família espiritual de cada um e do nosso papel perante todas essas diversidades.
Tantos são os assuntos que poderiam ser ventilados dentro dos terreiros para melhor desenvolvimento pessoal de cada um, pena que a maioria dos umbandistas estão mais preocupados com os fenômenos e com a manifestação física, esquecendo de se voltar para a filosofia espiritualista para sua doutrina que está no âmago e na sustentação da religião de Umbanda.
As pessoas insistem em ficar culpando a espiritualidade por suas condições pessoais, buscando jogar a culpa nos “Diabos”, mas esquecem que o verdadeiro “diabo” não é rabudo e nem tem chifres. Não é vermelhinho, nem anda com tridente algum. No entanto, espeta como ninguém, principalmente quando usa a auto-culpa das pessoas como meio comum para suas estocadas ocultas.
O verdadeiro diabo não é ostensivo, pelo contrário, é discreto demais, mas é radical em seus propósitos. Ele age na calada oculta do ego, sempre estimulando as reações extremadas, mesmo aquelas disfarçadas de causas justas, ou aquelas revestidas de aparente raciocínio crítico. Ele gosta dos corações empedernidos no ódio e das mentes ressequidas de orgulho.
O verdadeiro diabo não criou inferno algum, pois ele já o encontrou plasmado dentro das pessoas cheias de medo e culpa. E, para sua própria surpresa, descobriu que o tal inferno não é um lugar, mas um estado de consciência, mantido pelas próprias pessoas. E ainda mais: descobriu que ali não é quente, pelo contrário, é um clima sombrio e frio, sem o calor da luz e sem o viço da alegria.
Pois é, o inferno é um estado de consciência, e o diabo não é uma entidade maléfica à parte do ser humano, nem mesmo um ser criado por Deus. Não mesmo!
O verdadeiro diabo se chama IGNORÂNCIA, e as pessoas o adoram, principalmente os fundamentalistas de qualquer área, seja religiosa, técnica ou espiritualista, que simplesmente são os seus maiores divulgadores.
Esse é o diabo que precisa ser exorcizado dos homens: a ignorância em qualquer de suas manifestações.
Cuidado pois a SABEDORIA pode também se tornar ignorante. È isso mesmo a majestosa sabedoria, que é o acúmulo de conhecimentos vivenciados, através de uma nova personagem que é a VAIDADE pode se tornar sim ignorante.
O Poder da vaidade é tamanho que quando iniciamos em uma nova trajetória de conhecimento e chegamos num determinado momento dessa aprendizagem, começamos a pensar se devemos continuar e desvendar os objetivos daquele ensinamento ou se não já sabemos o suficiente e devemos parar.
Mas qual é o papel da vaidade senão proteger-nos de uma sabedoria que, se atingida, nos dará a capacidade para reconhecê-la, transferindo para nosso consciente o saber de como reconhecer atitudes de pura vaidade, tanto as nossas e quanto as das outras pessoas.
Não subestime sua vaidade! Na maior parte do tempo acreditamos que a controlamos ou mesmo que não a possuímos. Mas o que é isso senão a vaidade de não nos vermos como pessoas soberbas.
Quando somos obrigados a abandonar algo, que reconhecemos como fonte de algum prazer, alegando, por exemplo, que não temos interesse, é a vaidade novamente salvando-nos, ao satisfazer o inconsciente com a falsa percepção de que não carecemos desse prazer e, por isso, não continuamos adiante. Nesse momento, a vaidade troca a batalha da sabedoria que nos impulsionaria a encontrar formas para atingir aquele prazer, direcionando-nos diretamente para as glórias da ignorância que nos permite “imaginar saber” como seria desfrutar daquele prazer.
Mas, ter sabedoria é bem diferente de obter informação, pois, enquanto a informação se resume em quanto conteúdo que alguém pode assimilar sobre um determinado assunto, mesmo sendo este conteúdo fruto a sabedoria do outro; a sabedoria, na realidade, representa o processo psíquico que organiza de forma racional qualquer fato, acontecimento, informação ou pensamento, permitindo que nós mesmos reconheçamos seu conteúdo, e o colocamos em prática no nosso dia-a-dia.
Por sua vez, a ignorância é bem diferente de desconhecimento, pois, enquanto o desconhecimento representa apenas tudo àquilo que ainda não foi vivenciado ou apreciado por nossa razão, incorporando-se ao nosso inconsciente como conhecimento ou enquanto forma de saber; a ignorância é a consciência que temos da ausência do conhecimento.
Mas o que a vaidade tem a ver com tudo isso?
A vaidade surge em nossas vidas ainda na infância, quando passamos a ter a percepção de nós mesmos e com o tempo, enquanto evoluímos, ela evolui também. O problema é que a vaidade pode evoluir mais, ou menos, que nós mesmos evoluímos enquanto seres humanos e de forma “independente”, posto que a vaidade é fruto de nossa “psique”.
Ficou confuso! Mas, é isso mesmo! A vaidade evoluindo mais ou menos que nossa personalidade (nós mesmos), sempre influenciará nossas atitudes e, por ser “independente”, subjuga nossa sabedoria ou desperta nossa ignorância, evitando, assim, que atinjamos o saber, e passamos a barganhar com nós mesmos ofertas de um pouco de conhecimento ou algo que nos dê prazer.
Assim, a IGNORÂNCIA é a prisão da SABEDORIA e a VAIDADE sua fiel sentinela.
Então, esse é o momento de adquirir conhecimentos para transformar as experiências da vida em sabedoria, para assim vencer a ignorância e desfrutar de todo prazer que puder obter. Não desista ainda, pois se você chegou até aqui é porque seu inconsciente (sabedoria) está interessado em evoluir e, assim, poder tirar suas próprias conclusões com base no conhecimento (do saber) vencendo a ignorância (do desconhecimento).
Acredito que agora você já esteja conseguindo identificar a diferença entre possuir uma informação e ter conhecimento.
Quem nunca presenciou debates onde os participantes buscam primeiro defender seus pontos de vista de modo a sobressair aos do outro! Onde está o debate em torno do tema?
O que vemos aí é apenas a vaidade de cada um que, escondendo a ignorância, luta com os mais ardentes argumentos para que suas informações (desconhecimentos) não sejam vistas como inverdades (ignorância).
Infelizmente, nós criamos o hábito de valorizar, por pura vaidade, aqueles que, de alguma forma, mesmo que reprováveis, conseguiram alguma posição ou prestígio social, e quando fazemos isso, não nos damos conta de que nosso próprio esforço, conhecimento, realizações, etc, somente terão o reconhecimento merecido quando, de alguma forma, estivermos de outro lado, em igual situação.
Devemos aprender a valorizar o saber, o conhecimento. Um sábio acaba frustrando nossa vaidade, pois nos obriga a pensar para chegar às nossas próprias conclusões, mesmo com o risco de fracassar, ao passo que o ignorante apenas afirma o que já sabemos, dando-nos a falsa impressão de possuir tanto saber quanto ele, não nos acrescenta nada, mas acabamos nos sentindo valorizados. Vaidade, vaidade, vaidade… tudo é vaidade.
Lembre-se: Tem coisas que nenhum passe, nenhuma magia, nenhum banho ou defumação irá resolver. Mas talvez uma boa conversa, um bom livro ou apenas uma nova visão em relação à vida ou a situação possa ajudar a mudar.
A Umbanda está cheia de milagres e encantos, cheia de exemplos de superação, simplicidade e humildade. Mas esses milagres e encantos, esses exemplos são simples, acontecem a todo o momento, que acabamos por banalizá-los e não os percebendo. Faz-se necessário que deixemos nossa vaidade de lado, acabando com a ignorância, para que assim possamos seguir rumo a evolução proposta pela UMBANDA.
Então, escute, ouça, sinta… Seja um com Ele! Nisso reside todo Mistério.
Que Oxalá nos abençoe!!!
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