•A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bo

•A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bo
•A UMBANDA TEM FUNDAMENTO E É COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO.
Obrigado, meu Deus, pela fé que me sustenta, Pelos amigos que fiz E continuo fazendo. Obrigado, meu Deus, Pelas bençãos de Ogum, Pela proteção de Iemanjá, pelo amor de Oxum. Obrigado, meu Deus, Pela força de Iansã, Pela retidão de Xangô, Pelo colo de Nanã. Obrigado, meu Deus, Pelo equilíbrio de Oxosse, Pelas curas de Omulu, pelas cores de Oxumarê. Obrigado, meu Deus, Pelas folhas de Ossãe, Pelas Crianças que enchem de alegria nossos Terreiros, Pela amizade dos Boiadeiros. Obrigado meu Deus, Pela humildade dos Pretos-Velhos, Pelas Almas Santas e Benditas, Pela cumplicidade de Exu e Pomba Gira. Obrigado, meu Deus, por fazer de mim um instrumento da Tua vitória. Até aqui o Senhor me ajudou! Deus salve a Umbanda!
Ney Rodrigues

RADIO C.E.A.B.

terça-feira, 15 de março de 2011

Não existe sacrifício na Umbanda Mirim !!!


A prática da matança de animais na religião é bastante complexa e merece uma análise apurada para que não ofenda os praticantes de alguns cultos que ainda estão envolvidos com esse ritual, tão antigo, como antigo é o mundo.
Em uma determinada passagem do Antigo Testamento, os judeus anunciam sacrificar cento e vinte e dois mil bois de uma só vez, ofertando-os à Jeová. Me parece esse um exagero da escrita da época, muito comum nesses escritos, entretanto, o certo é que, segundo, os praticantes dessa ritualística, Jeová exigia sacrifícios para si de ovelhas, carneiros e bois.
O interessante é que os judeus de hoje se horrorizariam com esse passado manchado de sangue, mas a evidência era essa. Os templos de então eram verdadeiros matadouros, ainda na época de Davi e Salomão.
Para que não sabe ou não atinou, o Jeová da época é o mesmo Deus que conhecemos hoje.
Os sacrifícios de sangue constituem, segundo recentes e apurados estudos, a estados muito primitivos da evolução humana. Também eram praticados na cultura maia, inca e asteca e por diversas outras tribos existentes no globo em diferentes épocas. Algumas povoações da Índia e da África conservaram essa tradição. Afirmam que acontecem verdadeiras calamidades, que os descampados pegam fogo, o gado morre, a água seca se a oferenda não for ofertada.
Todavia é sabido por indicação das elevadas entidades que estas jamais sancionaram essa prática sanguinolenta. Nenhuma divindade, seja ela um orixá, se compraz com a morte. O sangue só possui valor para a vida, portanto circulando nos seres, jamais para ser ofertado em um alguidar de barro.
Costuma-se justificar as passagens das Antigas Escrituras como pretexto para a prática atual, contudo devemos constatar que tais passagens pertenceram a um determinado período da evolução humana e como tudo muda, a visão do Deus colérico, maldoso, cheio de iras e rancores também mudou.

Aliás um dos grandes equívocos do cristianismo é misturar o Deus criador e amoroso com o Jeová colérico, sempre pronto a castigar e lançar pragas contra os povos que não o adoram.
Não quero julgar os terreiros de umbanda e candomblé que ainda utilizam esse ritual, mas afirmo que a tendência é seja abolido, já que o orixá é um estado perfeito da natureza, um estado puro, portanto não tem corpo físico. Logo, todo esse sangue desperdiçado não lhe compraz e não lhe satisfaz, pois não é necessitado por ele.
As entidades de luz esperam que trabalhemos pelo ideal na umbanda de caridade e do amor ao próximo, conforme foi especificado pelo excelso Caboclo das Sete Encruzilhadas. Seu médium, Zélio de Moraes, nunca viveu da religião, seu caboclo mandava que devolvesse todos os presentes a ele destinados como cheques vultosos e outras honrarias materiais.
Lamentavelmente alguns terreiros, ditos de umbanda, fazem uso desses rituais sem tampouco saberem seus fundamentos, fazendo apenas por fazer, ou, o que é pior, para ganhos materiais de seus dirigentes. A umbanda é Jesus trabalhando, disse uma vez uma irmã, e como tal deve estar sempre inserida no ideal da caridade gratuita e do amor ao próximo respeitando a vida e preservando a sua existência como religião da natureza.
Os terreiros podem ter diversas e honestas fontes de renda como as mensalidades cobradas de seus médiuns e sócios, almoços beneficentes, rifas, doações espontâneas, bingos e vendas de livros e artigos de uso religioso.
Também precisamos ter em mente a intenção de estarmos em coadunação com o pensamento ecológico de preservação da vida e da natureza além de contruirmos a imagem de que nossa religião respeita esses princípios. Fora disso daremos munição para que as religiões neopentecostais nos ataquem chamando-nos de satânicos e desrespeitadores da vida. Como disse o renomado Armando Cavalcanti Bandeira na referendada, conceituada e histórica obra “O que é a umbanda”, infelizmente já esgotada:

“Não deve haver sacrifício animal, porque na umbanda não há mais razão para a “matança”,

a qual provém da da magia africanista milenar, e por força dessa influência há muito ainda impregnado de sua prática, escurecendo a leveza, o colorido e o perfume da suas obrigações rituais. Não se justificam os sacrifícios animais, que pelos seus fundamentos cabem nos cultos afro-brasileiros, pois são uma revivescência de ritos praticados na África de onde eles procedem. Na umbanda, que cada dia se vem integrando nos ensinamentos de Cristo, a tendência é aboli-los.”

André Luiz P. Nunes é professor, pesquisador e médium de umbanda.

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